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Com relevância para a criação de novas tecnologias,
medicamentos, teorias e outros fatores que influenciam no dia a dia das
pessoas, pesquisas acadêmicas realizadas pelas universidades são fundamentais
no desenvolvimento da sociedade. Curas para doenças, ferramentas e muitas
outras descobertas saíram da academia e ganharam o mundo.
A URI-FW, por meio do curso de Ciências Biológicas, em
parceria com biólogos formados em outras instituições, está realizando o
Projeto Aves da URI, com o objetivo de catalogar e preservar espécies. A
expectativa é de que a pesquisa tenha um ano de duração, contando com saídas
mensais dos profissionais e acadêmicos a campo, em todo o campus 1, incluindo
os fragmentos de área verde no entorno da instituição.
– O interesse é conhecer o que existe de pássaros na região
da universidade, pois temos espécies que não são tão comuns, e as pessoas não
têm conhecimento sobre isso. É um trabalho voluntário e queremos divulgar
porque nem sempre é fácil levar o que ocorre dentro da academia para a
sociedade –, explica o biólogo da URI-FW, Rauter Ruben da Silva.
Espécies já encontradas
Uma ave nem tão comum, como a coruja-listrada já foi encontrada na universidade pelos pesquisadores.
Conforme o site avesderapinabrasil.com, é uma ave endêmica da Mata Atlântica,
encontrada nas florestas do sul e sudeste do Brasil. É estritamente noturna,
caça desde pequenos mamíferos até aves. No período reprodutivo é bastante ativa
vocalmente, possui um canto grave.
Outra espécie que integra as áreas verdes do campus é o tangará-dançador. De acordo com o site faunacps.cnpm.embrapa.br, habita as
matas densa, mas também são encontrados à beira de núcleos urbanos, o que
contribui para a sua popularidade. Os machos revelam-se verdadeiros acrobatas
quando se exibem nas cerimônias pré-nupciais, quando cortejam as fêmeas.
Também foi localizado o tecelão, conhecido por construir o
seu ninho – que tem semelhança a uma meia – próximo aos recursos hídricos. Pode
ser encontrado no interior da mata, vivendo solitário, aos casais. Outros
pássaros já encontrados na universidade foram o murucututu-de-barriga-amarela e
o araçari-castanho.
Equipe envolvida
Com o respaldo da coordenação do curso de Ciências Biológicas
e também da direção da URI-FW, além de Rauter, integram a equipe, os biólogos,
Ramiro da Silva Almeida, Hyago Ôchoa, Mabel Molinari, Luis Eduardo Santos e
Thuani Luisa Saldanha Wagener, os dois últimos mestres em Ciências Ambientais e
as acadêmicas do 6º semestre de Ciências Ambientais da URI-FW, Suzana Ambrosio
e do 2º semestre, Gabriela de Moura Chagas.
– O inventário de espécies facilita para que as pessoas não
só conheçam, como entendam a importância de se preservar, bem como sejam
fomentadas políticas públicas em prol da preservação. A proteção dessas
espécies acaba funcionando como um guarda-chuva, garantindo a preservação de
outras –, acrescenta Ramiro.
Publicado por: Márcia Sarmento
Folha do Noroeste
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