sábado, 5 de outubro de 2019

Conhecer para preservar

URI-FW desenvolve projeto para catalogar espécies de pássaros que vivem no campus da universidade

Foto: Divulgação

Com relevância para a criação de novas tecnologias, medicamentos, teorias e outros fatores que influenciam no dia a dia das pessoas, pesquisas acadêmicas realizadas pelas universidades são fundamentais no desenvolvimento da sociedade. Curas para doenças, ferramentas e muitas outras descobertas saíram da academia e ganharam o mundo.

A URI-FW, por meio do curso de Ciências Biológicas, em parceria com biólogos formados em outras instituições, está realizando o Projeto Aves da URI, com o objetivo de catalogar e preservar espécies. A expectativa é de que a pesquisa tenha um ano de duração, contando com saídas mensais dos profissionais e acadêmicos a campo, em todo o campus 1, incluindo os fragmentos de área verde no entorno da instituição.

– O interesse é conhecer o que existe de pássaros na região da universidade, pois temos espécies que não são tão comuns, e as pessoas não têm conhecimento sobre isso. É um trabalho voluntário e queremos divulgar porque nem sempre é fácil levar o que ocorre dentro da academia para a sociedade –, explica o biólogo da URI-FW, Rauter Ruben da Silva.

Espécies já encontradas

Uma ave nem tão comum, como a coruja-listrada já foi encontrada na universidade pelos pesquisadores. Conforme o site avesderapinabrasil.com, é uma ave endêmica da Mata Atlântica, encontrada nas florestas do sul e sudeste do Brasil. É estritamente noturna, caça desde pequenos mamíferos até aves. No período reprodutivo é bastante ativa vocalmente, possui um canto grave.

Outra espécie que integra as áreas verdes do campus é o tangará-dançador. De acordo com o site faunacps.cnpm.embrapa.br, habita as matas densa, mas também são encontrados à beira de núcleos urbanos, o que contribui para a sua popularidade. Os machos revelam-se verdadeiros acrobatas quando se exibem nas cerimônias pré-nupciais, quando cortejam as fêmeas.

Também foi localizado o tecelão, conhecido por construir o seu ninho – que tem semelhança a uma meia – próximo aos recursos hídricos. Pode ser encontrado no interior da mata, vivendo solitário, aos casais. Outros pássaros já encontrados na universidade foram o murucututu-de-barriga-amarela e o araçari-castanho.

Equipe envolvida

Com o respaldo da coordenação do curso de Ciências Biológicas e também da direção da URI-FW, além de Rauter, integram a equipe, os biólogos, Ramiro da Silva Almeida, Hyago Ôchoa, Mabel Molinari, Luis Eduardo Santos e Thuani Luisa Saldanha Wagener, os dois últimos mestres em Ciências Ambientais e as acadêmicas do 6º semestre de Ciências Ambientais da URI-FW, Suzana Ambrosio e do 2º semestre, Gabriela de Moura Chagas.

– O inventário de espécies facilita para que as pessoas não só conheçam, como entendam a importância de se preservar, bem como sejam fomentadas políticas públicas em prol da preservação. A proteção dessas espécies acaba funcionando como um guarda-chuva, garantindo a preservação de outras –, acrescenta Ramiro.


Publicado por: Márcia Sarmento
Folha do Noroeste

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