Bolsonaro disse que irá até "de cadeira de
rodas"
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a
cirurgia que fará no próximo final de semana não o impedirá de discursar na
abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 24 de setembro, em Nova
Iorque. Se for preciso, Bolsonaro disse que irá até "de cadeira de rodas
ou de maca", porque quer falar sobre a Amazônia ao restante do mundo.
Tradicionalmente, o Brasil abre o evento. Esta
será a primeira participação de Bolsonaro como presidente da República.
"Eu vou comparecer à ONU, nem que seja de cadeira de rodas, de maca. Eu
vou comparecer porque eu quero falar sobre a Amazônia. Mostrar para o mundo com
bastante conhecimento, com patriotismo, falar sobre essa área ignorada por
tantos governos que me antecederam", disse Bolsonaro na saída do Palácio
da Alvorada, na manhã desta segunda-feira.
A cirurgia do presidente está programada para o próximo
domingo, dia 8 de setembro. Nesta segunda, Bolsonaro confirmou que a ideia é
que ele compareça à cerimônia de comemoração do 7 de setembro, em Brasília, e,
ao fim do dia, siga para São Paulo, para se internar para a preparação da
cirurgia.
Segundo Bolsonaro, o motivo da "pressa"
é porque ele deve estar Estados Unidos para a Assembleia Geral no dia 22 de
setembro. Bolsonaro considera que citar a Amazônia no discurso é uma chance que
possui para falar ao mundo sobre o assunto. "Eu vou deixar essa oportunidade?",
questionou.
O presidente voltou a criticar uma suposta
ingerência externa na Amazônia, que, na visão dele, tem sido vendida para
outros países. "A Amazônia foi praticamente vendida para o mundo. Eu não
vou aceitar esmola de país nenhum do mundo com o pretexto de preservar a
Amazônia, sendo que na verdade ela está sendo loteada e vendida", disse.
Sobre a cirurgia, ele avaliou que todo
procedimento desse tipo "é um risco", inclusive por envolver
anestesia geral, mas que essa será a "menos invasiva" em relação às
últimas três que realizou após a facada. "Essa é a que oferece menor
risco, mas eu que estive do outro lado da morte vou passar por um momento igual
novamente."
Por AE
Correio do Povo
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