sábado, 28 de setembro de 2019

Raíssa Victória: ainda sem poder abraçar, Raíssa volta a ser internada e inspira novas preocupações


Foto reprodução Para Poder Abraçar

Agora, com nove anos de idade e com mais de um ano transcorrido desde o transplante de medula, o caso de saúde Raíssa Victória é delicado e inspira novas preocupações. Foi necessário uma internação e, além disso, a realização de uma cirurgia para implante de um cateter. Ela foi a primeira criança a passar por um transplante para Epidermólise Bolhosa no Brasil.

Nas últimas semanas, internautas repercutiram inúmeras fotos da menina que conquistou o país com lições de vida e coragem na luta contra a Epidermólise Bolhosa – doença genética grave, caracterizada por uma grande sensibilidade da pele, que ao toque do mais leve abraço, pode resultar em bolhas no corpo, que evoluem para feridas que inflamam e formam cicatrizes, provocando diversas deformações. Além disso, pode atacar a parte interno do organismo, como mucosas da boca, do esôfago e intestinos.

Os últimos meses

Em entrevista à Rádio São Luiz, Jonas Siqueira, pai de Raíssa, explica que ela realizava exames, no entanto os mesmos não indicavam alterações, apesar de estar há seis meses com febres intensas. Nesse sentindo, as lesões causadas pelas bolhas abriam novamente, sendo que a família já não tinha alternativa para resolver o que até então parecia uma inflamação ou bactéria.

A menina ainda passou por outras internações, como explica Jonas. “Tínhamos internado aqui em Passo Fundo mais de uma vez. Na primeira foram 50 dias e depois mais 26. Mas não adiantou. Levamos em Santa Catarina, numa médica que entende de epidermólise, começamos procedimentos diferente nos curativos mas a infecção não deixava a lesão fechar. Ai entramos quase que em desespero por causa da situação”, conta.

Quando as febres de Raíssa superaram os 39°C, outras medidas foram necessárias. “Resolvi fazer uma publicação pra acelerar as coisas e para levar ela pro hospital onde poderiam nos dar um rumo. Tudo que estava acontecendo com ela não é culpa do hospital, mas sim resultados da própria doença”, justifica. Além disso, os novos exames apontaram a existência – nas lesões mais graves, na região da cabeça, perna esquerda e costas – de três bactérias, o que exigiu novos medicamentos. Jonas comemora que foi possível interná-la. “Graça a Deus ela está lá. Só queremos é que ela fique bem!”, afirmou.

Já nesta sexta-feira (27), Raíssa precisou fazer uma cirurgia para colocar um cateter. Uma nova publicação na rede social explica que ela continua sendo amparada pela equipe médica, que, em monitoramento dos resultados de uma série de exames, buscam os tratamentos que apresentaram melhoras para o quadro da criança. Por fim, Jonas agradeceu o carinho que a comunidade são-luizense sempre expressa em relação a Raíssa. A família pede orações e vibrações positivas pela saúde “da pequena borboletinha”, como carinhosamente Raíssa é chamada.

O carinho por Raíssa

Na página oficial no facebook do “Para poder Abraçar”, onde é possível acompanhar diversas publicações referentes a criança, a família de Raíssa realizou um desabafo, uma vez que precisavam de internação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo –  onde ela fez seu transplante -, e não conseguiam vagas, leia na integra parte da publicação: “Desculpem o desabafo, mas é com lágrimas no coração que eu, como pai, escrevo essas palavras neste momento. Acabo de chegar em SP para um curso, e a minha esposa, mamãe da Raíssa, acaba de me mandar uma mensagem, que ela (Raíssa) está com 39,3°C de febre e assim é todo o dia a muitos meses. A nossa princesa não está bem, já tentamos internar onde foi feito o transplante que é o único lugar no Brasil que tem um lugar adequado pra cuidar dela por ser transplantada […] sofredor é aquele que se cala, e quem sofre nesse momento é a nossa pequena que gritou a semana toda de dor. Nas lesões não podia nem encostar nela, ela mesmo falou que já não aguenta mais isso…”.

O desabafo resultou em mais de 10 mil curtidas; 4,5 mil comentários e 18 mil compartilhamentos. A internação no hospital foi viabilizada por meio do Dr. Nelson, diretor de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Albert Einstein. A internação ocorreu no dia 23 deste mês, a menina continua desde então hospitalizada.


Fonte: Róbson Gomes/Rádio São Luiz
Foto: Arquivo pessoal/Facebook

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