quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Mata Atlântica em Pé: Operação já identificou 76 hectares de desmatamento no RS


Entrevista aconteceu na sede do MPRS
   Entrevista aconteceu na sede do MPRS

Unidades do Ministério Público de 17 estados brasileiros realizaram, durante esta semana, uma operação nacional com o objetivo de identificar desmatamentos em áreas de Mata Atlântica, punir os responsáveis e cobrar a reparação dos danos.

Em sua terceira edição (segunda em nível nacional), a operação “Mata Atlântica em Pé”, contou com a participação de polícias ambientais e órgãos públicos da área, sob a coordenação, em âmbito nacional, do Ministério Público do Paraná, por meio do promotor de Justiça Alexandre Gaio, que atua junto ao Centro de Apoio Operacional e às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo.

RIO GRANDE DO SUL

No Rio Grande do Sul a operação foi comandada pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Daniel Martini, e contou com a participação de integrantes da Secretaria Estadual de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Sema, Fundação Estadual de Proteção Ambiental– Fepam, Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama e Comando Ambiental da Brigada Militar, além do SOS Mata Atlântica, que forneceu todos os dados sobre os polígonos de desmatamento no período 2017-2018. Esses dados embasaram as equipes que foram à campo.

Conforme os técnicos da Sema, Fepam e Ibama que trabalharam in loco, foram constatados, no Estado, 76 hectares de desmatamento (mais 24 ainda em apuração) nos 29 polígonos fiscalizados. As equipes lavraram um total de 21 autos de infração ambiental e aplicaram em torno de R$ 1,2 milhão em multas.

Foram fiscalizados, no total, onze municípios: Santa Cecília do Sul, Água Santa, Vila Lângaro, Ciríaco, Pontão, Sertão, Campestre da Serra, Lagoa Vermelha, Nova Alvorada, Arroio Grande e Erechim.

Conforme Martini, os números apresentados demonstram uma perda progressiva de área de Mata Atlântica no RS. “Temos entre 7 e 8% remanescente deste bioma, o que é muito pouco para um estado com tradição em preservação do meio ambiente”, disse o promotor.

Martini destacou, por fim, a importância da união entre os órgãos públicos. “Permanecemos mobilizados, em que pese as dificuldades”, destacou ele, lembrando que o trabalho não termina aqui. Agora, serão instaurados os procedimentos administrativos, inquéritos civis para buscar a recuperação dessas áreas e, em alguns casos, a aplicação das responsabilizações penais.

Além de Daniel Martini, participaram da coletiva a presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, a superintendente do Ibama, Claudia Pereira Costa, e os técnicos Diego Pereira, da Sema, e Maurício Vieira de Souza, do Ibama.

O balanço final da Operação Mata Atlântica em Pé 2019 em todo o País será apresentado nesta sexta-feira, 20 de setembro. Devido ao feriado no Rio Grande do Sul, os números do MPRS foram antecipados para quinta-feira, 19.

   Alguns exemplos de desmatamento identificados na operação




Fonte: Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul

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