Créditos: Arquivo
Uirapuru
A
fraude que Maurício Dal’Agnol realizou ao lesar seus 30 mil clientes no Rio
Grande do Sul, conforme levantamento da Polícia Federal, não é milionária, mas
sim bilionária.
Uma perícia encomendada pela Polícia levantou que o advogado
movimentou cerca de R$2,8 bilhões de Reais em suas mais de cem contas bancárias
enquanto o esquema estava em andamento.
O advogado entrava na justiça em nome de seus clientes, com
plenos poderes durante o trâmite, sendo que, ao ganhar ações contra a empresa
de telefonia, repassava aos clientes apenas uma pequena fração do valor
recebido na justiça, ficando com o resto.
Hoje todos os bens de Maurício estão bloqueados, somando pelo
menos R$20 milhões, enquanto os diversos processos correm na justiça, atrasados
pelos inúmeros recursos legais colocados por seus advogados. A maioria dos
processos são analisados na justiça Estadual, sendo que há clientes que desde
2011 ainda não tiveram uma definição de seus casos.
Em entrevista na Uirapuru, o delegado da Polícia Federal de
Passo Fundo, que coordenou a ação, Mário Luiz Vieira, afirmou que a polícia já
sabia que o valor seria aproximado a R$3 bilhões. O delegado lamenta que o
patrimônio retido hoje seja somente uma fração de tudo o que foi desviado e
acredita que o restante do dinheiro nunca será localizado
Dal’Agnol chegou a ser preso, respondendo a processo por apropriação indébita e formação de
quadrilha, porém, pouco tempo depois foi solto em um habeas corpus.
A operação que desarticulou o esquema foi batizada de Carmelina,
porque este era o nome de uma mulher que teve cerca de R$ 100 mil desviados no
golpe.
Em março deste ano a Uirapuru ouviu o viúvo de dona Carmelina
Gueno, o senhor José Gueno. Na ocasião ele elogiou o trabalho da Polícia
Federal, mas fez um apelo á justiça para que os processos andem mais rápido, já
que assim como ele, muitas pessoas estão com medo de que as suas vidas cheguem
ao final antes de receberem o que é seu por direito.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
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