Segunda fase da pesquisa iniciou nesta
segunda-feira
Resultado do teste com pílula do câncer sai em
seis meses, estimam pesquisadores
Foto: Cecília Bastos / USP / Divulgação / CP
Os
primeiros resultados do estudo que testa a eficácia da fosfoetanolamina
sintética, conhecida como a "pílula do câncer", saem em um período de
seis meses, estimam os pesquisadores. Nesta segunda-feira, começou oficialmente
a segunda fase da pesquisa, no Instituto do Câncer, na capital paulista.
De acordo
com a médica oncologista e pesquisadora Milena Mak, 200 pacientes, divididos em
dez grupos de diferentes tipos de câncer, estão passando pela fase de avaliação
e assinatura do termo de consentimento para o início dos testes.
Na
seleção, foram escolhidas pessoas em estágio avançado da doença. “Os pacientes
passaram pelos tratamentos tradicionais, sabidamente eficazes para tratamento
daquela neoplasia, ou seja, tratamentos curativos ou que estão associados a
ganho de sobrevida. Mas todos os pacientes estão com uma boa funcionalidade,
têm as funções orgânicas preservadas por se tratar de uso de droga
experimental”, explica Milena.
Desde
julho, dez pacientes já vinham tomando a fosfoetanolamina, durante a primeira
fase, em que ficou comprovado que a substância não é tóxica. “Pudemos observar
que nenhum paciente apresentou toxicidade proibitiva à continuidade do estudo,
não foram observados efeitos colaterais graves associados ao uso da
fosfoetanolamina”, esclareceu a médica.
Uma
terceira etapa está prevista apenas em caso de boa resposta à testagem inicial.
“Vamos analisar, dentro de cada grupo, a eficácia da droga através da
realização de exames de imagem para ver se houve redução do tumor”, disse. “Se
nós observarmos três respostas favoráveis dentre 21 pacientes em qualquer um
dos grupos, o grupo pode ser expandido para um total de até 100 pacientes por
grupo. Totalizaremos até mil pacientes no estudo”, completou a médica.
Agência Brasil
Correio do Povo
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