Funcionária
terceirizada da Infraero foi morta após ter sido raptada por dois homens quando
saía do trabalho
Familiares e amigos de Mineia Machado protestam
por justiça no Salgado Filho | Foto: Ricardo Giusti
Com a foto da filha estampada na camiseta branca,
Marta Sant Anna, de 59 anos, elevou a voz para conclamar por justiça no
Aeroporto Internacional Salgado Filho neste sábado. Ela, amigos e colegas de
trabalho de Mineia Machado, 40 anos, assassinada após ter sido raptada por dois
homens quando deixava o trabalho no aeroporto, promoveram um ato exigindo que o
caso seja melhor investigado. A família não acredita na suspeita de latrocínio
indicada pela polícia enquanto os fatos ainda são apurados. O Sindicato dos
Aeroviários de Porto Alegre apoiou o ato e pedia por melhorias na segurança do
complexo aeroportuário.
A ausência da filha se transformou em luta para Marta, uma mulher
de olhos tristes e palavras pontuais. “Queremos justiça, segurança pelos
colegas dela e a verdade, porque o que aconteceu não foi assalto”, declarou. A
mãe contou que a filha, que era funcionária terceirizada da Infraero, vinha
recebendo mensagens anônimas com declarações de amor e vivia com medo. “As
colegas já acompanhavam ela até o carro, porque ela tinha medo. As mensagens
eram riscadas no próprio carro e eu e o filho dela chegamos a ver”, lembrou.
Marta
comentou que entre os recados deixados anonimamente, as frases diziam “eu te
amo”, “você é linda” e até corações foram desenhados no veículo. “Eles (a
polícia) estão querendo fazer a gente acreditar que foi um assalto, mas não
foi, eu sei que não foi. Quero a verdade, custe o que custar”, frisou.
Antes de
morrer, Mineia preparava uma surpresa para o aniversário da mãe, que seria
comemorado no último dia 12. Ao contrário do planejado, Marta disse que fará
uma celebração para lembrar o aniversário da filha, ausente a mais de uma
semana e que deveria completar 41 anos no próximo dia 11. “Ela era uma pessoa
boa com todos, não tinha inimigos e queria ver todo mundo feliz. Vai ser assim
que vamos estar”.
Jézica Bruno
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário