Os médicos da emergência do Hospital de Caridade de Três Passos
também entregaram à direção da instituição uma carta de rescisão, com aviso
prévio de trinta dias.
No documento, alegam como motivos para essa decisão: o tamanho
reduzido das equipes profissionais médicas, de enfermagem e técnico de
enfermagem da emergência; ausência de contrato legal de prestação de serviços;
insegurança quanto à integridade física, tanto por ausência de segurança quanto
pelo acesso intermitente de pessoas e pacientes não emergenciais pelos
corredores da emergência; além de atraso no pagamento de vencimentos referentes
aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2016, sem previsão de quitação.
Os três médicos que assinam a carta, Diego Mezzomo, Marcelo
Konrad e Rosa Nery, ainda colocam-se a disposição para
negociar a questão, compreendendo que o Hospital de Caridade passa por
dificuldades financeiras. Ressaltam, entretanto, que não havendo acordo dentro
do prazo legal de trinta dias do aviso prévio, as atividades que desenvolvem
serão suspensas de forma integral.
O presidente do Hospital de Caridade, Ademir Dreier, confirmou à
nossa reportagem, na manhã de hoje, o recebimento da carta de rescisão. Ele diz
que seguem as negociações para que o governo estadual repasse recursos
atrasados. A entidade alega ter um passivo de R$ 1.670.925,77, mas que até o
momento o Estado não acenou com qualquer prazo para quitação, nem mesmo menos
parcial, desses débitos.
Na última semana, médicos plantonistas também haviam pedido
demissão
Na semana passada, os cinco médicos plantonistas do Hospital de
Caridade já haviam protocolado uma carta de demissão e aviso prévio, alegando
principalmente o atraso no pagamento de vencimentos e ausência de contrato
legal de prestação de serviços.
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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