Assembleia
aprovou ontem reposição de 8,13% para o Judiciário e o Legislativo
Sartori diz que vai vetar reajuste salarial de
servidores do Judiciário e Legislativo
Foto: Karine Viana / Palácio Piratini / CP
O
governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, afirmou nesta quarta-feira,
durante um evento para primeiras-damas na Assembleia Legislativa, em Porto
Alegre, que irá vetar a recomposição salarial de servidores do Judiciário e do Legislativo.
Sartori já havia externado esta posição e acredita que o reajuste é contra o
trabalho que vem realizando à frente do Estado.
Segundo
informações do repórter da Rádio Guaíba Gabriel Jacobsen, Sartori foi
questionado por uma servidora sobre a votação de ontem. Ela quis saber do
governador se existia a possibilidade de um veto à votação. Ele respondeu:
"É igual para todos", indicando que irá barrar a decisão.
Mais
tarde, pelo Twitter,
Sartori confirmou que irá vetar os projetos de lei. "Entendo que a
reposição pretendida é justa, mas inoportuna. Não está em sintonia com a
profunda crise que vivemos. Respeito as categorias envolvidas, mas não posso
ignorar a situação dos servidores do Executivo, especialmente professores e
policiais", escreveu.
Na noite
dessa terça, os deputados aprovaram recomposição salarial de 8,13% aos
servidores. Os textos dos aumentos de Judiciário e Defensoria Pública,
primeiros a serem votados, tiveram 35 votos favoráveis e 14 contrários.
Os
parlamentares também aprovaram, mais cedo, uma emenda do deputado Eduardo
Loureiro (PDT) para que o reajuste retroaja a janeiro de 2016, e não a julho do
ano passado, como queriam os servidores. O impacto financeiro das medidas,
somadas todas as folhas salariais, deverá superar 120 milhões ao ano.
Tumulto
Após a
votação do segundo projeto, referente à Defensoria, houve tumulto em plenário.
O deputado Marcel Van Hattem (PP) ironizou as falas de deputados favoráveis aos
reajustes. Pedro Ruas (PSol) e Regina Becker (Rede) reagiram e Álvaro Boessio
intercedeu, em favor do progressista, o que gerou empurra-empurra e levou a
presidente da Casa, Silvana Covatti (PP), a suspender a sessão por alguns
minutos, até os ânimos se acalmarem.
Correio do Povo e Rádio Guaíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário