Cerca
de 50 microempresas, cuja contabilidade estava sob responsabilidade do
escritório utilizado pelo grupo criminoso, serviram para os registros
fraudulentos. Muitas estão em nome dos investigados, seus familiares ou de
“laranjas”, sendo que algumas sequer chegaram a funcionar, ainda que em seus
registros constassem diversos empregados.
Em
alguns anos, caso a associação criminosa continuasse atuando, os prejuízos à
Previdência poderiam totalizar dezenas de milhões de reais.Os irmãos e o
funcionário que encabeçavam o esquema criminoso foram conduzidos até a
Delegacia da Polícia Federal e posterior recolhidos ao Presídio Regional de
Passo Fundo.
O
delegado Eduardo Brandão, que também participou das investigações, explicou que
as empresas fantasmas tinham cerca de 450 empregados fictícios, que também
podem ter sido beneficiados como laranjas. Na fraude as empresas criavam os
empregos, com todos os registros lançados no sistema do Ministério do Trabalho,
fazendo assim os seguros serem pagos nas demissões.
Parceria
entre INSS e Polícia Federal impediram que fraude fosse ainda maior
Marcelo
Ávila, chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos
do Ministério do Trabalho, explicou que as investigações começaram após a
detecção de indícios de irregularidade pela gerência do INSS de Passo Fundo.
O
prejuízo causado somente na previdência social de Passo Fundo chega a R$ 1,8
milhão de Reais, mas o esquema todo movimentou R$3 milhões, incluindo-se outras
cidades.
Marcelo
Ávila destacou que a parceria da Polícia Federal com o INSS de Passo Fundo
encurtou caminhos para detectar e acabar com esse tipo de fraude, impedindo que
o prejuízo fosse maior. Somente em 2016 já foram R$33 milhões de Reais
detectados em fraudes no Brasil.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
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