quinta-feira, 19 de maio de 2016

Empresas fantasmas faziam parte do esquema criminoso em Passo Fundo



Cerca de 50 microempresas, cuja contabilidade estava sob responsabilidade do escritório utilizado pelo grupo criminoso, serviram para os registros fraudulentos. Muitas estão em nome dos investigados, seus familiares ou de “laranjas”, sendo que algumas sequer chegaram a funcionar, ainda que em seus registros constassem diversos empregados.

Em alguns anos, caso a associação criminosa continuasse atuando, os prejuízos à Previdência poderiam totalizar dezenas de milhões de reais.Os irmãos e o funcionário que encabeçavam o esquema criminoso foram conduzidos até a Delegacia da Polícia Federal e posterior recolhidos ao Presídio Regional de Passo Fundo.

O delegado Eduardo Brandão, que também participou das investigações, explicou que as empresas fantasmas tinham cerca de 450 empregados fictícios, que também podem ter sido beneficiados como laranjas. Na fraude as empresas criavam os empregos, com todos os registros lançados no sistema do Ministério do Trabalho, fazendo assim os seguros serem pagos nas demissões.

Parceria entre INSS e Polícia Federal impediram que fraude fosse ainda maior

Marcelo Ávila, chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos do Ministério do Trabalho, explicou que as investigações começaram após a detecção de indícios de irregularidade pela gerência do INSS de Passo Fundo.

O prejuízo causado somente na previdência social de Passo Fundo chega a R$ 1,8 milhão de Reais, mas o esquema todo movimentou R$3 milhões, incluindo-se outras cidades.

Marcelo Ávila destacou que a parceria da Polícia Federal com o INSS de Passo Fundo encurtou caminhos para detectar e acabar com esse tipo de fraude, impedindo que o prejuízo fosse maior. Somente em 2016 já foram R$33 milhões de Reais detectados em fraudes no Brasil.


Fonte: Rádio Uirapuru | Passo Fundo

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