São cumpridos
sete mandados de busca e apreensão
PF deflagra nova etapa da Operação Zelotes |
Foto: PF / Divulgação / CP
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta
quinta-feira, uma nova etapa da operação Zelotes. Estão sendo cumpridos sete
mandados de busca e apreensão, cinco deles em Brasília e dois no Rio de
Janeiro. As medidas judiciais foram concedidas pela 10ª Vara Criminal
Federal do DF.
As ações desta quinta-feira, segundo a PF, são fruto da primeira análise do material apreendido na deflagração da Zelotes, em 26 de março de 2015. Nos documentos apreendidos naquela ocasião, afirma a Polícia Federal, foram identificados indícios que apontam para a participação de outro Conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Humanos (CARF), além de escritórios de advocacia ligados a ele.
"Durante os quase sete meses de investigação em andamento visando apurar a prática dos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, ocorrida em decorrência de negociações escusas realizadas em processo administrativos de interesse CARF, ficou comprovado que Conselheiros e funcionários do desse órgão defendiam interesses privados, em detrimento da União, e ainda, valendo-se de informações privilegiados, realizavam captação de clientes através de 'escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia', que ofereciam 'serviços e facilidades' em julgamentos dentro do CARF", afirma a PF em nota.
As fraudes apuradas pela PF junto ao CARF/ Receita Federal e já somam prejuízos de, pelo menos, R$ 5,7 bilhões aos cofres públicos.
Sobre a Zelotes
A Operação Zelotes foi deflagrada pela Polícia Federal no fim de março para desarticular organizações que manipulavam o trâmite de processos e o resultado de julgamentos. Conforme o Ministério Público Federal (MPF), os 74 julgamentos do conselho realizados entre 2005 e 2013 que estão sendo analisados somam R$ 19,6 bilhões que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos. O valor é quase o dobro do que apurou a Operação Lava Jato.
O Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, composto por 216 conselheiros em turmas de seis membros, julga em segunda instância recursos administrativos fiscais relativos a tributos cobrados pela Receita Federal. De acordo com o MPF, os integrantes do esquema de corrupção escolhiam processos de grande valor que estavam na pauta do órgão, buscando, em seguida, oferecer uma solução conveniente às companhias em troca de dinheiro.
Os operadores atuavam no fluxo dos processos, recorrendo à corrupção de conselheiros. Parte dos conselheiros envolvidos, segundo o MPF, era do Ministério da Fazenda, mas a maioria pertencia ao Sistema S, que compreende entidades voltadas ao treinamento profissional, entre as quais estão Senai, Sesc, Sesi e Senac.
Entre as empresas investigadas na operação estão os grupos gaúchos Gerdau, RBS, Mundial-Eberle e Marcopolo. O Carf tem R$ 516 bilhões em processos para julgamento. Em média um processo leva oito anos para ser julgado.
As ações desta quinta-feira, segundo a PF, são fruto da primeira análise do material apreendido na deflagração da Zelotes, em 26 de março de 2015. Nos documentos apreendidos naquela ocasião, afirma a Polícia Federal, foram identificados indícios que apontam para a participação de outro Conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Humanos (CARF), além de escritórios de advocacia ligados a ele.
"Durante os quase sete meses de investigação em andamento visando apurar a prática dos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, ocorrida em decorrência de negociações escusas realizadas em processo administrativos de interesse CARF, ficou comprovado que Conselheiros e funcionários do desse órgão defendiam interesses privados, em detrimento da União, e ainda, valendo-se de informações privilegiados, realizavam captação de clientes através de 'escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia', que ofereciam 'serviços e facilidades' em julgamentos dentro do CARF", afirma a PF em nota.
As fraudes apuradas pela PF junto ao CARF/ Receita Federal e já somam prejuízos de, pelo menos, R$ 5,7 bilhões aos cofres públicos.
Sobre a Zelotes
A Operação Zelotes foi deflagrada pela Polícia Federal no fim de março para desarticular organizações que manipulavam o trâmite de processos e o resultado de julgamentos. Conforme o Ministério Público Federal (MPF), os 74 julgamentos do conselho realizados entre 2005 e 2013 que estão sendo analisados somam R$ 19,6 bilhões que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos. O valor é quase o dobro do que apurou a Operação Lava Jato.
O Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, composto por 216 conselheiros em turmas de seis membros, julga em segunda instância recursos administrativos fiscais relativos a tributos cobrados pela Receita Federal. De acordo com o MPF, os integrantes do esquema de corrupção escolhiam processos de grande valor que estavam na pauta do órgão, buscando, em seguida, oferecer uma solução conveniente às companhias em troca de dinheiro.
Os operadores atuavam no fluxo dos processos, recorrendo à corrupção de conselheiros. Parte dos conselheiros envolvidos, segundo o MPF, era do Ministério da Fazenda, mas a maioria pertencia ao Sistema S, que compreende entidades voltadas ao treinamento profissional, entre as quais estão Senai, Sesc, Sesi e Senac.
Entre as empresas investigadas na operação estão os grupos gaúchos Gerdau, RBS, Mundial-Eberle e Marcopolo. O Carf tem R$ 516 bilhões em processos para julgamento. Em média um processo leva oito anos para ser julgado.
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Correio do Povo
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