sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Prejuízos no prédio do TJ ultrapassam R$ 1 milhão


   Água inundou estacionamento e deixou submersa a subestação de energia (Foto: DEAM/TJ)

Os danos causados pelo temporal que atingiu Porto Alegre na semana passada, aliados à falha no sistema de bombeamento do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal, implicaram em prejuízos de R$ 1 milhão ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O prédio-sede do Poder Judiciário gaúcho foi inundado, tendo atingidas suas instalações técnicas, equipamentos, serviços de informática e de telefonia.

Desde a quinta-feira passada (15/10), equipes de engenharia e de segurança trabalham exaustivamente para que os trabalhos sejam retomados na segunda-feira (26/10), assegurando a segurança e a integridade física dos usuários do local.

O Comitê de Gerenciamento de Crise do TJRS vem se reunindo de forma permanente para avaliar a situação do local e deliberar sobre os procedimentos necessários à reativação do prédio.

Funcionamento

O pavimento térreo do TJ está localizado em nível inferior ao das Avenidas Borges de Medeiros e Aureliano de Figueiredo Pinto, porém, conta com sistema de bombas submersas que executam o serviço de drenagem interna, sempre que a vazão do esgoto pluvial aumenta.

No entanto, quando as vias do entorno alagam com grande intensidade, em razão do não-funcionamento da estação de bombeamento do DEP, os sistemas de bombas do TJ trabalham afogados, ou seja, o volume de água retirado é reposto imediatamente pela entrada das águas acumuladas no entorno do terreno, levando o sistema à fadiga e, por consequência, falhando na retirada desta água acumulada.

 
Presidente do TJ fez diversas inspeções para averiguar a situação, priorizando a segurança absoluta dos usuários do prédio (Foto: Eduardo Nichele)

Danos

Com o temporal da noite de 14/10, o nível das águas, em função do não acionamento das bombas do DEP, chegou a 1,20m de altura em alguns compartimentos, desativando, inclusive, os geradores, o que deixou o prédio do TJ sem energia elétrica. A subestação foi atingida e os quatro transformadores tiveram perda total. A central térmica de climatização do prédio ficou submersa sob 1,5m de água e lodo, sendo atingidos seus conjuntos de 12 moto-bombas, quatro resfriadores de líquido, bem como diversos quadros elétricos de alimentação e comando. Com isso, a comunicação do TJ (rede lógica) com todo o Estado foi interrompida.

Foram alugados três transformadores e um gerador e também contratada empresa especializada em operar equipamentos com média tensão de energia, que fez a retirada dos transformadores danificados e instalou as máquinas locadas. Um laudo definirá se os transformadores antigos serão recuperados ou se o TJ terá que comprar novos equipamentos.

Os oito elevadores que atendem ao nível térreo da edificação tiveram seus poços totalmente submersos, sendo atingidos seus sensores eletrônicos de segurança de fundo de poço, amortecedores, polias e cabos de compensação, bem como contrapesos. Outros quatro elevadores não foram danificados e já estão operando.

Informática e telefonia

Com a falta de energia elétrica, ficaram inoperantes, durante o dia 15/10 até a noite de 16/10, todos os serviços e sistemas do Data Center (ambiente projetado para abrigar computadores, servidores e outros componentes de informática), situado no 2° andar do prédio do TJ.

Como decorrência, ficaram indisponíveis todos os serviços de telefonia, bem como o uso da rede de computadores nos prédios do TJ-RS, Palácio da Justiça, Foro Central e Regionais de Porto Alegre. Da mesma forma, o serviço de correio eletrônico, sites Intranet e Internet, sistemas jurisdicionais e administrativos, ficando prejudicada a distribuição de processos, realização das audiências, sessões de julgamento, pericias médicas, Varas de Execução Criminal, Juizados de Infância e Juventude. Igualmente, o cumprimento dos alvarás eletrônicos, sistema integrado ao BANRISUL, que permite a automação de resgate de depósitos judiciais, consulta do Portal PEC, consultas integradas e consulta do andamento processual pelos órgãos externos.


Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

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