Ação
tem como objetivo apoiar os estudos e orientar os ensaios clínicos com a
substância e verificar se possui eficácia e fornece segurança à população
O Ministério da Saúde deve publicar nesta sexta-feira (30)
portaria para apoiar os estudos clínicos e a produção da fosfoetanolamina,
conhecida como “pílula do câncer”. O medicamento causou polêmica após ser
apontado como revolucionário no tratamento de câncer, mas não conta com estudos
clínicos que comprovem seus benefícios. De acordo com o documento, que
determina a criação de um grupo de trabalho, o Ministério passará a apoiar as
etapas para o desenvolvimento clínico do medicamento.
“Estamos colocando à disposição do professor responsável pela
síntese dessa molécula a possibilidade de submeter à fosfoetanolamina a todos
os protocolos para verificar se a substância é ou não eficaz e por fim a essa
celeuma. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não
façam uso dessa substância até que os estudos sejam concluídos”, orienta o
ministro da Saúde.
O grupo contará com o apoio da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) para orientar os pesquisadores na elaboração dos protocolos
clínicos e documentações necessária e deverá contar com o apoio do Instituto
Nacional do Câncer (Inca) para a realização de estudos clínicos e também da
Fiocruz. Para isso será elaborado um plano de trabalho que prevê desde a
caracterização da molécula, passando pelo desenvolvimento da formulação,
produção de lotes de medicamentos experimentais seguindo as Boas Práticas de
Fabricação (BPF) da Anvisa e realização de estudos pré-clínicos, ensaios
clínicos e estudos de farmacovigilância.
“A grande preocupação do Ministério da Saúde é que as pessoas
deixem de realizar o tratamento adequado e que tem sua eficácia comprovado e
passem a usar um medicamento que não tem cientificamente uma comprovação de
benefícios e efetividade comprovada”, alertou o ministro da Saúde, Marcelo
Castro.
De acordo com a portaria, o grupo de trabalho será composto por
representantes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). A coordenação da iniciativa será de responsabilidade de um
representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério da Saúde.
A previsão é de que o grupo tenha um prazo máximo de 60 dias
para apresentar o plano de trabalho das fases de desenvolvimento do projeto. Os
nomes dos integrantes do grupo devem ser indicados nos próximos dias.
Da Agência Saúde
Ministério da Saúde
Data de Cadastro: 29/10/2015 as 16:10:36 alterado em 29/10/2015
as 16:10:36
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