Pelo menos dez pessoas estão agindo
ilegalmente no Cemitério Municipal. Vendem as carneiras e fazem o sepultamento
dos mortos, mas não pagam nenhuma taxa junto à Prefeitura. E mais, esses
túmulos são de outras pessoas, cujas ossadas são retiradas e jogadas no lixo.
Em certos casos, familiares já chegaram a reclamar na Prefeitura, que tem
conhecimento sobre o que está acontecendo no Cemitério Municipal. Foto: Portal
Ijui.com
A denúncia de uma
comerciante local expõe um problema gravíssimo que vem acontecendo em Ijuí há
pelo menos 15 anos.
Pelo menos 10 pessoas se
beneficiam diretamente com a venda irregular de carneiras – construção
cemiteriais – e entre elas estão proprietários de funerárias, conhecidos da
prefeitura, que faz vistas grossas aos casos.
Conforme a
empresária, que realizou a denúncia à reportagem do Ijui.com, ela se sente
prejudicada, pois trabalha com a venda de carneiras e construção de túmulos há
muitos anos.
Pois, de acordo com a
empresária, estas pessoas, que agem ilegalmente, vão destruindo antigos túmulos
e aqueles que os familiares não reclamam, retiram a ossada, jogam fora e vendem
o espaço novamente, tendo um alto lucro com isso e sem ao menos realizar o
registro da venda junto a prefeitura.
Denúncia chegou ao
ex-prefeito Valdir Heck, ao prefeito Ballin e ao secretário Bira Erthal, que
nada fizeram
“Eu já denunciei o fato. A
primeira vez falei com o ex-prefeito Valdir Heck, que na época, me disse para
não me meter com isso. Posteriormente retornei a falar com o prefeito Fioravante
Ballin, o qual disse desconhecer o problema e relatou que tomaria providências.
Conversei novamente com Ballin e secretário Bira, que acabaram negando que isso
acontece”, explicou, dizendo o Ballin foi o único que se demonstrou interessado
a ajudar a apurar os fatos.
Porém, o problema é ainda
mais sério do que se possa imaginar.
Conforme a denunciante, há
algum tempo atrás, uma senhora com cerca de 80 anos, foi até o cemitério
municipal visitar o túmulo do falecido marido, quando se deparou com outra
pessoa enterrada no mesmo lugar.
Como havia feito os
serviços fúnebres em uma empresa, a idosa foi até a empresa verificar o que
tinha acontecido.
“O túmulo do marido dessa
mulher havia sido violado e vendido para outra família. Em busca de uma solução,
a idosa foi até a prefeitura, a qual lhe entregou uma ossada e os restos
mortais do falecido em uma caixa. Mas quem garante que são os ossos do marido
dela?” indaga.
Além disso, os crânios
somem, e a maioria das vezes, os ossos e restos mortais são jogados no lixo.
Em uma gravação telefônica
realizada pela empresária, um agente funerário admite ter vendido ilegalmente
uma carneira para o enterro do pai de um empresário local. O custo foi de R$ 8
mil, os quais os agentes funerários dividiram e uma parte acabaram repassando a
uma empresa que é responsável pela venda das carneiras.
Na conversa, o agente
funerário pede para que a empresaria não denuncie o fato e que feche os olhos
para este caso, para que não perca dinheiro, alegando que da próxima vez fariam
como manda a lei.
De acordo com ela, os
restos mortais só podem ser retirados após seis anos e meio do enterro e com
autorização de familiares. Mas estas pessoas que trabalham ilegalmente cuidam
dia após dia os túmulos que não recebem visitas e, percebendo aqueles que são
esquecidos pelos parentes, começam a destruí-los, não havendo reclamação,
violam o túmulo e o vendem novamente.
O valor médio dessas
carneiras varia de R$ 6 a R$ 12 mil, dependendo do local que está situado
dentro do cemitério. “Tem casos que vendem o mesmo túmulo e nem retiram o
antigo defunto, enterra uma pessoa em cima da outra”, relata a empresária.
Ela conta que já foi
ameaçada de morte diversas vezes pelos agentes funerários que agem ilegalmente.
Além disso, ela alega que muitas pessoas possuem a chave do portão do cemitério
e que não deveriam ter, pois não são funcionários da prefeitura.
A reportagem procurou
alguns agentes funerários da cidade para conferir se haviam mais casos, mas
eles não quiseram se pronunciar a respeito.
O caso está sendo
encaminhado ao Ministério Público.
Fonte e Fotos:
Portal Ijui.com
mas que tal amigo Joceli, Sarandi tem os mesmos problemas, isso quando não se adonam dos terrenos,..
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