Inquérito será prorrogado por mais 30
dias/Foto: Facebook/Reprodução
O juiz de Direito Marcos
Luis Agostini, da 1ª Vara da Comarca de Três Passos, acolheu o pedido do
delegado Marcelo Lech, de
Santa Rosa, e prorrogou por mais 30 dias o
prazo de conclusão do inquérito sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do
menino Bernardo.
Esta é a terceira vez
que o prazo é prorrogado pela Justiça desde que o inquérito foi reaberto em
maio a pedido do Ministério Público. A reabertura do caso foi determinada
após apresentação de um laudo particular, que indica que a suposta carta de
suicídio foi escrita por outra pessoa.
Segundo o delegado, é
necessário aguardar o resultado de perícias e ouvir mais pessoas. A Justiça também determinou que a arma de onde saiu o
disparo seja encaminhada ao Instituto Geral de Perícias (IGP).
O Caso Odilaine
Conforme a polícia, Odilaine teria
cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini,
no dia 10 de fevereiro de 2010, em Três Passos. No inquérito policial, consta
que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clínica. Além disso,
também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa
Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo
conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da
morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga
após o processo
de separação do casal.
Já a defesa da família Uglione alega
que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as
principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de
Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima;
lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que
era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada
supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que
configuraria um fato novo.
Fonte: Três Passos
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