Hospital continua atendendo urgência e emergência,
além dos serviços de alta complexidade, como o Cacon e InCor. Porém, os
atendimentos eletivos foram cancelados e os pacientes podem procurar a
secretaria de saúde para realizar os exames no Postão 24h. Porém, o local não
possui toda a infraestrutura do HCI e nem todos os pacientes podem ser
atendidos. A Secretaria de Saúde está dando o suporte necessário durante este
momento, mas o sistema corre o risco de sobrecarregar rapidamente. Foto: Paulo
Martins
Após a parada nos
atendimentos eletivos pelo Sistema Único de Saúde, no HCI, em função do não
pagamento dos valores devidos pelo governo ao hospital, deixou cerca de 500
pessoas desassistidas desde segunda-feira.
Serviços ambulatoriais,
consultas pré-agendadas e exames gerais não estão sendo feitos.
No entanto, com a
suspensão desses serviços parte da população tem procurado o Postão 24h da
Secretaria Municipal de Saúde para a realização de exames agendados.
De acordo com a secretária
de Saúde, Alexandra Lentz, na segunda-feira foram registrados dois casos nas
primeiras horas da manhã onde pessoas buscaram o atendimento na secretaria em
função da paralisação do HCI.
Conforme Alexandra a
situação é complicada, pois o trabalho sempre foi realizado em parceria com o
HCI, mas sem o atendimento do hospital, vai sobrecarregar o Postão.
De acordo com os
funcionários do Postão 24h, o número de pessoas que buscam informações aumentou
sensivelmente.
Conforme o presidente do HCI,
Cláudio Matte Martis, a dívida do hospital com fornecedores passa de R$ 8
milhões e o governo está com o repasse de verbas atrasado desde novembro do ano
passado.
Sem esse dinheiro não há
como manter profissionais, equipamentos e fornecedores para que os atendimentos
sejam realizados, destaca Martins.
Na semana que vem o
governo do Estado deve realizar uma reunião com um representante dos hospitais
para resolver como serão feitos os pagamentos.
Somente na região Noroeste
32 hospitais estão com serviços parcialmente paralisados.
A Secretaria Municipal de
Saúde continua atendendo normalmente. Pacientes que correm risco de morte são
atendidos normalmente quando encaminhados ao HCI, assim como os atendimentos de
alta complexidade, como o Cacon e o InCor. Foram cancelados somente os serviços
onde o paciente não corre nenhum risco grave a saúde.
O Hospital São Vicente de
Paula em Cruz Alta não está atendendo nem mesmo os serviços de traumatologia,
já que não há mais material para a equipe trabalhar. A crise do HSPV é grave,
já que o hospital já pagou o salário de funcionários com empréstimos pessoais
realizados pelos diretores da casa de saúde.
No Hospital de Caridade de
Santo Ângelo a situação não é diferente do HCI. Atendimentos eletivos
cancelados até o pagamento dos valores atrasados do SUS.
Os exames e atendimentos
que podem ser feitos na Secretaria de Saúde de Ijuí estão sendo realizados.
Em Cruz Alta pacientes
podem ser encaminhados para o hospital Santa Lúcia.
Em Santo Ângelo e Panambi
os pacientes devem procurar atendimento junto aos postos de saúde ou na rede
particular.
O governo do estado
notificiou os hospitais alegando que os serviços não podem ser paralisados sob
pena de ter o contrato anulado pelo SUS.
Fonte:
PORTAL IJUHY.COM
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