Pila do Povo foi indiciado pela Polícia Civil pela morte de Nelsi
Teresinha do Nascimento
Créditos: Arquivo
Rádio Uirapuru
A equipe de reportagem
da Rádio Uirapuru tem o costume de não deixar assuntos importantes da
comunidade caírem no esquecimento. Um dos fatos questionado pelos
ouvintes é a morte da diarista Nelci Teresinha do Nascimento, de 50 anos. Uma
mãe de família, que não possuía inimizades e ajudava pessoas carentes com
trabalhos da catequese, mas que mesmo assim, teve um triste fim sendo,
covardemente, executada com cinco tiros no rosto.
O crime ocorreu no
início da tarde do dia 10 de junho do ano passado, quando a vítima estava
chegando em casa, na Rua A, quadra B, do Núcleo dos Ferroviários, nos fundos da
Prefeitura de Passo Fundo. A vítima estava no pátio de sua residência e
foi surpreendida por um jovem encapuzado. O assassino se aproximou e sem nada
dizer atirou a queima-roupa fugindo em seguida. Nelci Teresinha do Nascimento
caiu mortalmente ferida a poucos metros da porta de casa. Os Bombeiros foram
chamados, mas os atendentes constataram que a diarista já estava sem
vida.
Os agentes da Delegacia
Especializada em Homicídios e Desaparecidos da Polícia Civil, comandados pela
Delegada Daniela de Oliveira Minetto e pelo chefe de investigações Inspetor
Volmar Menegon, iniciaram as diligências e após um trabalho intenso,
desencadeado durante cinco meses, conseguiram identificar os envolvidos no
bárbaro crime.
De acordo com a delegada
Daniela, o líder comunitário Antônio dos Santos Nascimento, conhecido como
“Pila do Povo”, de 56 anos, foi apontado como o mandante da execução. As
investigações comprovaram o envolvimento de Jeferson Tiago Monteiro, vulgo
“Ciganinho”, de 29 anos, e um adolescente de 16 anos de idade.
No início dos trabalhos,
a polícia recebeu denúncias anônimas de que o Jeferson seria o autor do
crime. O suspeito foi encontrado e conduzido até a delegacia, onde
afirmou em depoimento ter sido procurado por Pila do Povo para fazer dois
trabalhos. Um dos serviços seria o de matar Nelci Teresinha do Nascimento, por
R$ 10 mil reais, e o segundo era de atear fogo na madeireira de um concorrente,
para este o mandante pagaria 2 mil reais.
A Delegada relatou que
Jeferson negou ter feito os serviços para Pila do Povo, porém deu carona para o
adolescente de 16 anos que também foi procurado pelo líder comunitário e
aceitou matar a diarista. Jeferson levou o adolescente até o local do crime
utilizando uma motocicleta. Durante o inquérito policial, testemunhas afirmaram,
em depoimento, que Pila do Povo prometia matar a ex-mulher por ter perdido o
processo judicial de separação do casamento. Tendo assim que fazer a divisa dos
bens. As testemunhas que presenciaram o momento do crime fizeram o
reconhecimento pessoal do adolescente.
Pila do Povo e o
adolescente negam o envolvimento no crime. Mesmo com o serviço executado, o
mandante não efetuou o pagamento. A Delegada Daniela de Oliveira Minetto
concluiu o inquérito e remeteu à justiça, solicitando as prisões preventivas
dos envolvidos na execução. O adolescente já está recolhido ao Case por ter
sido apreendido em flagrante durante uma ocorrência de roubo de veículo.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
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