Créditos: Lucas
Cidade
Na manhã de hoje foi
realizada na cidade de Erechim uma coletiva de imprensa com o delegado Gustavo
Cecon, responsável pela DEFREC de Erechim e com o Delegado Regional Gerson
Fraga, para esclarecer o crime que chocou a região.
Na última quarta-feira,
dia 28, a menina Patrícia Sosin de Oliveira, de 9 anos foi brutalmente
assassina por Marcos Antônio da Rosa, o Micão, 24 anos, na localidade de Capo
Erê, em Erechim. O corpo foi encontrado apenas na tarde de ontem, terça-feira,
quase uma semana depois.
Em entrevista à Rádio
Uirapuru o delegado Gustavo Cecon afirmou um trabalho sério foi realizado e
desempenho total de toda a equipe para que a investigação obtivesse sucesso. Ele
agradeceu o esforço dos agentes e também da comunidade, que auxiliou nas buscas
incansavelmente.
Segundo o delegado, após
a investigação foi possível constatar que Patrícia sofreu muito antes de
morrer. A menina abusada sexualmente pelo indivíduo, foi morta com 12 facadas
no peito e degolada. Após assassinar a menina Marcos Antônio abusou dela
novamente.
Para o delegado regional
Gerson Fraga, a agilidade no esclarecimento do crime foi resultado do trabalho
incessante dos policiais. Ressaltou que além de encontrar o culpado para que
sofresse as punições cabíveis, era de extrema importância localizar o corpo
para que a família pudesse realizar seus atos religiosos.
O crime
Marcos Antônio da Rosa
era vizinho da vítima. Segundo seu depoimento, ele conversava com Patrícia, nas
proximidades de um matagal na localidade de Capo Erê. Em determinado momento
ele arrastou a menina para o mato e cometeu abuso sexual. Em seguida, após a
tentativa de reação da menina, Marcos Antônio deferiu 12 golpes de faca no seu
peito, a degolou e abusou sexualmente dela novamente.
Em um primeiro momento,
Micão enterrou o corpo da menina próximo ao local do assassinato. No dia
seguinte (29) voltou ao local e percebeu a terra que cobria o corpo da menina
havia sido removido pela chuva da noite anterior, deixando-o à mostra.
Marcos Antônio então
removeu o corpo e o transportou para outro local. Com as buscas que a polícia
estava realizando, o assassino percebeu que os agentes chegavam próximo ao
lugar que ele havia escolhido. Sendo assim, aguardou a saída dos policiais,
desenterrou o corpo de Patrícia e o desovou em um milharal de grande extensão,
aonde foi localizado na tarde desta terça-feira (03) com a ajuda de populares.
A
investigação
No dia 29, após o
registro do desaparecimento de Patrícia, a Brigada Militar começou a realizar
buscas na região. Com base no registro, que informava que ela saiu apenas com a
roupa do corpo, acreditou-se na hipótese de um homicídio.
A polícia refez o caminho
que ela percorreu e constatou que em determinado ponto de uma estrada vicinal,
ela havia desaparecido.
Nesse trajeto Patrícia
havia sido vista com um indivíduo. Último a manter contato com a menina viva.
Marcos Antônio foi identificado pela polícia e com base em outras informações,
como a de que ele faltou o trabalho no outro dia, foi possível realizar buscas
em sua residência. Lá, foram localizadas as roupas que haviam sido descritas
pelas testemunhas que o viram com Patrícia, no dia em que foi morta.
Com base nessas e em
outras informações, a suspeita foi reforçada e fundamentou a prisão temporária.
Porém, ao saber das buscas realizadas pela polícia Micão fugiu.
No domingo de manhã,
apenas o calção da menina havia sido encontrado e homicídio era a hipótese com
maiores indícios. Durante o dia, a polícia realizou negociações com a família
de Micão, que acabou se entregando, próximo das 5 horas da manhã de segunda-feira.
Marcos Antônio confessou
o crime, mas não indicou o lugar do corpo. Após vários depoimentos a polícia
acabou convencendo Micão a revelar o local aonde teria deixado o corpo da
menina.
O milharal onde o corpo
da menina foi encontrado é de grande extensão e policiais e populares
realizaram buscas no local até que fosse encontrado.
No depoimento, Micão
afirma que não gostava da menina, que tinha raiva dela. Disse ainda que outros
indivíduos teriam auxiliado ele no crime. Isso foi negado pelo delegado que
afirmou que o crime tinha finalidade sexual e que Marcos Antônio foi
surpreendido com a reação da menina, que tentou gritar e a matou.
Patrícia
já havia sido abusada anteriormente
A menina de nove anos,
que foi brutalmente assassinada após sofrer abuso sexual, apesar da pouca idade
tinha uma triste história de vida.
Patrícia pertencia a uma
família de baixo poder aquisitivo e dividia a pequena casa com sete irmãos e a
mãe, portadora de deficiência intelectual moderada, a qual dependia de seus cuidados.
No ano de 2014, Patrícia
foi abusada sexualmente pelo padrasto, que cumpre pena pelo crime.
Assassino já havia sido acusado de
estupro
Marcos Antônio da Rosa,
o Micão, também é de uma família de baixo poder aquisitivo. O jovem de 24 anos
e possui histórico de abusos sexuais contra crianças e adolescentes.
Micão era casado e tinha
dois filhos biológicos e dois enteados. Ele responde processo de abuso sexual
praticado contra uma prima.
Segundo depoimentos de
vizinhos, o assassino costumava tentar agarrar as crianças que ficavam perto
dele. Alguns alegaram que Micão chegava a invadir casas quando sabia que as
crianças estavam sozinhas.
Sua família não sabia do
crime que Marcos Antônio havia cometido. Após ter tomado conhecimento do fato
auxiliou a polícia nas investigações.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
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