segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Passo Fundo: “Operação Você Quer Sossego?”: força tarefa vai combater denúncias de descumprimento da lei do silêncio


O incômodo do som alto durante a noite, que provoca muitas reclamações de ouvintes, moradores de diversos bairros, principalmente, do centro, não é submetido à fiscalização adequada em Passo Fundo. Mesmo com o projeto da Lei do Silêncio, aprovado pela Câmara, estabelecendo que a poluição sonora na cidade é passível de multa, as denúncias são muitas. Os jovens fazem algazarra, ligam carros com sol alto, dão freadas bruscas, enfim, não deixam os moradores dormirem. Para o advogado Osmar Teixeira, os moradores de regiões atingidas por esse tipo de problema, devem denunciar o abuso, para os órgãos competentes, que são a Secretaria de Meio Ambiente e o 3º Batalhão Ambiental, caso não haja solução, o Ministério Público também pode ser acionado. Teixeira ressalta que, em sua opinião, a solução passa por uma maior fiscalização por parte da Prefeitura.

O coordenador de fiscalização e licenciamento ambiental, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Rafael Colussi, explicou que o que estava ocorrendo, era que os carros e aparelhos de som, denunciados, eram recolhidos, mas uma semana depois estava, novamente, nas mãos dos infratores. Por isso, desde o início deste mês reuniões têm sido realizadas para realizar uma força tarefa, envolvendo a Prefeitura e Brigada Militar, que irá fiscalizar com mais rigor as reclamações da comunidade, além de realizarem blitz periódicas nos locais mais críticos, tudo fazendo parte de uma operação denominada “Operação Você quer sossego?”. 

A informação é confirmada pelo 1º sargento do 3º Batalhão Ambiental, Eldecir Simor. Conforme explica, ações mais incisivas serão realizadas, em pontos específicos em que os limites de conforto acústico não sejam respeitados. Por isso, já estão fazendo autuações dos proprietários de residências e estabelecimentos, encaminhando para o Ministério Público. Frisando que é necessária a materialidade da situação para que se possa seguir com a denuncia. Ele informa que a parceria servirá também para resolver a superlotação do depósito do Batalhão. A ideia é que após o processo administrativo seja feita a destruição do material apreendido. Para Simor é essencial que mecanismos sejam criados, para auxiliar no trabalho, como multas de no mínimo R$ 500 reais. 

O sargento registrou que amanhã às 10h, será realizada uma reunião, no Ministério Público para estabelecer rotinas de fiscalização e que no próximo dia 7, alterações na legislação serão debatidas na Câmara de Vereadores. Encerrando, ele anunciou que as fiscalizações também irão ocorrer no interior, revelando que duas chácaras, utilizadas na realização de festas, foram autuadas e fechadas. Ambos os casos serão encaminhados para Justiça.

Fonte: Rádio Uirapuru

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