quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Após encontro com Sartori, STF mantém suspensa análise sobre parcelamento de salários

Se STF aprovar intervenção no Estado, Dilma deverá nomear o responsável por assumir o Executivo temporariamente

sartori

De acordo com a pauta prevista para esta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal não pretende retomar hoje a análise sobre o recurso do governo gaúcho contra a decisão do Tribunal de Justiça do Estado que proíbe o parcelamento dos salários do funcionalismo. Ontem, o governador José Ivo Sartori (PMDB) viajou às pressas a Brasília para tentar convencer os ministros do STF a reverterem a decisão da corte gaúcha. O julgamento está suspenso desde segunda-feira, quando o ministro Teori Zavascki pediu vistas ao processo, e deve voltar à pauta ainda nesta semana.

Sartori apresentou documentos sobre as contas do Estado e deixou Brasília afirmando estar confiante de que não vá ocorrer qualquer intervenção do STF no Rio Grande do Sul. Esse foi o alerta do presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, antes da interrupção do julgamento. Lewandowski chegou a votar pela proibição do parcelamento dos salários, assim como os ministros Edson Fachin e Marco Aurélio.

O pedido de intervenção federal foi ajuizado pela Fessergs (Federação Sindical dos Servidores Públicos do RS). Se ocorrer, será a primeira vez no país, desde a redemocratização, tendo um governador como alvo. Caso a intervenção seja aprovada pelo STF, caberá à presidente da República nomear um interventor para assumir o Executivo do Rio Grande do Sul.

Uma reunião de Sartori com a presidente Dilma Rousseff, prevista para ontem e adiada a pedido do Palácio do Planalto, deve ser remarcada a qualquer momento. De volta a Porto Alegre desde a madrugada, o governador deve participar do lançamento da Expointer 2015, às 11h desta quarta-feira. A expectativa é de que, amanhã, sejam detalhados novos projetos do ajuste fiscal proposto pelo Executivo, que devem ser encaminhados à Assembleia Legislativa na sexta-feira.


Fonte: Bibiana Borba/Rádio Guaíba
05 agosto 2015 - 09:36

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