Vítima tinha seis anos quando
laje de casa caiu em Itamarati de Minas.
Outra criança que estava no local morreu; sete pessoas ficaram feridas.
Outra criança que estava no local morreu; sete pessoas ficaram feridas.
Velório foi realizado no fim
da manhã d sábado no cemitério da cidade (Foto: Reprodução/ TV Integração)
O
sábado (8) foi marcado pela comoção em Itamarati de Minas, cidade de 4.079
habitantes na Zona da Mata. As primas Echyla Anthony Gonçalves, de 1 ano e 7
meses, e Maria Luiza Valério, de 6, foram veladas e sepultadas no início desta
tarde no cemitério da cidade. Elas morreram na noite de sexta-feira (7) após desabamento da laje de uma casa no Centro.
Outras
sete pessoas, todas parentes, ficaram feridas. Elas foram liberadas após
atendimento no Pronto-Socorro do Hospital de Cataguases. A mãe de uma das meninas, que
ficou internada em observação, também já teve alta neste sábado. “É triste. Eu
perdi uma filha. Não vê-la chegando da escola todo dia, não ter mais no seu
ambiente que você vive. Só Deus e os amigos para dar força. É difícil”, resumiu
o funcionário público Sebastião Filho, pai de Maria Luiza.
Sebastião Filho falou sobre
a morte da filha Maria Luiza
(Foto: Reprodução/ TV
Integração)
Ele
contou que não estava na casa, na Rua Liberato Luiz Pereira, e que a esposa
parou no local com as crianças. “Ela foi fazer uma visita. Ela ficou do lado de
fora e as meninas entraram para brincar. Elas estão acostumadas a brincar
juntas, são primas. Sempre vão lá em casa”, comentou.
Segundo
Sebastião, a queda da laje pegou todos de surpresa. “Elas entraram e tudo
desabou. Quando cheguei já tinha acontecido a tragédia, a laje caiu em cima
delas. Vi as pessoas e a Policia Militar ajudando a tirar. Eu tentei ajudar,
mas chega um certo ponto que não tem como mais fazer nada. Queria agradecer a
todos que se empenharam em ajudar”, disse.
Imóvel permanece interditado
pela Defesa Civil (Foto: Reprodução/ TV Integração)
O
imóvel tem duas casas na parte de baixo e uma, improvisada, na parte de cima,
onde estava Zaqueu Valério. “Eu estava em cima. De repente, escutei um estalo e
parte da laje cedeu. Eu pulei e desci. Arranquei a janela para ajudar, e desceu
toda a laje”, contou.
Segundo
ele, a família não poderia morar no local. “A Prefeitura tinha embargado a
casa. O meu pai é teimoso. A gente fala com ele, mas ele não quer acreditar na
gente”, afirmou.
Zaqueu
Valério contou ainda que havia água empoçada na área que cedeu. No entanto,
destacou que foi da chuva na quinta-feira (6) porque não chovia na hora do
desabamento.
A
informação sobre a interdição da casa não foi confirmada pelas fontes da
Prefeitura que conversaram com a reportagem do G1 e do MGTV neste sábado. De
acordo com o chefe do Gabinete, José Américo de Oliveira, a casa não
apresentava nenhum indício de desabamento. "A laje caiu, mas as paredes
internas estão em pé. No entanto, não há como ser reaproveitado. Não chovia na
hora. Houve uma chuva forte na véspera. No entanto, não sabemos se tem relação.
Nem podemos afirmar ainda sobre problemas estruturais na casa. Aguardamos a
avaliação da Defesa Civil", comentou.
Ele
também explicou que já está sendo providenciada uma nova casa para a família.
"A Prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social, já alugou uma
casa e está realizando os preparativos para levar a família para lá",
afirmou.
Na
segunda-feira (10) uma equipe vai ao local para vistoriar a situação final da
residência, mas, provavelmente, ela deve ser demolida nos próximos dias.
Casa passará por nova
vistoria na segunda-feira (10), segundo a Prefeitura (Foto: Marcelo
Lopes/Divulgação)
Fonte:
Do G1 Zona da Mata
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