Colorado se aproveitou da vantagem numérica
para ganhar por 2 a 1
Inter venceu por 2 a 1 no Beira-Rio | Foto:
Ricardo Giusti
Fazia
tempo, mas o Inter reencontrou a vitória. Foi com sofrimento, com arbitragem
duvidosa, mas valeu três pontos e a fuga da zona de rebaixamento. De virada, o
Inter derrotou o Santos por 2 a 1 na noite desta quarta-feira, no estádio
Beira-Rio, com gols de Seijas e Aylon, no confronto que valeu pela 23ª rodada
do Campeonato Brasileiro.
A vitória
fez o Inter saltar três colocações e colocar a zona de rebaixamento no
retrovisor, ainda que bem próxima. Com 27 pontos e na 15ª posição, o Inter
volta a campo no domingo, às 16h, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada.
Reação em
um primeiro tempo movimentado
Logo no
primeiro lance do jogo, um grande susto. Paulão e Ernando bateram de cabeça em
uma dividida aos 12 segundos. Paulão levou a pior e precisou ser substituído
por Eduardo, deixando o campo de maca. Quando a bola enfim rolou, o Inter
mostrou-se mais organizado que o rival em campo e controlou as primeiras ações.
A
primeira chegada forte colorada ocorreu aos 9. Seijas, na ponta esquerda,
chutou forte e Vanderlei espalmou. Nico López rebateu de primeira, mas mandou por
cima. O Santos respondeu cinco minutos depois. Lucas Lima cobrou falta ao lado
da área Vitor Bueno se antecipou à marcação e cabeceou rente à trave.
O Santos
adiantou a marcação e equilibrou a partida em seguida. Perseguido pela marcação
colorada, Lucas Lima cavou cartão amarelo para Anselmo aos 22. Mas demorou a
cobrar a falta e foi advertido com a mesma punição, em um cartão que lhe
custaria caro logo depois.
Aos 27,
depois de certa pressão, os visitantes conseguiram abrir o placar. Para isso
contaram com uma ajuda generosa de Geferson. O lateral foi pressionado pela
marcação no campo de defesa e chutou a bola, que caiu nos pés de Ricardo
Oliveira. O veterano centroavante só enquadrou o corpo e mandou no canto de
Danilo Fernandes.
O gol
desestabilizou os colorados e fez a torcida momentaneamente cair em cima de
Geferson por vaias. O Santos, que já catimbava antes do gol, aproveitou para
tocar a bola ainda mais lentamente diante de um Inter visivelmente nervoso.
Os ânimos
colorados só se acalmaram na parte final do primeiro tempo. E aí Geferson pôde
se redimir. Ele recebeu na ponta esquerda e cruzou para Seijas. O venezuelano
dominou e chutou firme da entrada da área. A bola desviou no marcador e só
parou no fundo das redes. Ainda antes do intervalo, Lucas Lima demorou para
cobrar escanteio e levou o segundo amarelo num lance, no mínimo, discutível.
Pressão
no início, sofrimento até o fim
Com
vantagem numérica, Celso Roth trocou os volantes. Anselmo, pendurado por
cartão, não retornou, dando lugar a Eduardo Henrique. E desde o primeiro
minuto, o Inter passou a pressionar. De tudo o que era jeito: Nico López,
primeiro, tentou por cobertura. Aos 8, cabeceou perto da trave após cruzamento
de Valdívia, arrancando um “uh” do Beira-Rio.
A blitz
colorada seguiu especialmente pela direita do ataque, por onde cavou sucessivos
escanteios e dando trabalho à defesa paulista. E por ali que saiu o gol de
desafogo. Não sem sofrimento: Nico López cruzou rasteiro da esquerda para
William, que chegou batendo, mas Vanderlei espalmou para escanteio. Na
cobrança, Valdívia cabeceou forte, só que Vanderlei fez outra nova grande
defesa. Porém, a bola caiu para Aylon, que, rente à linha, só encostou e correu
para o abraço.
Três
minutos depois do gol, Nico López chegou a balançar as redes santistas de novo,
mas em clara condição de impedimento. A partir daí, o Santos foi tentando
voltar ao jogo e adiantando a marcação. E, devido ao momento, a assustar os
torcedores presentes no Beira-Rio, ainda que inicialmente mais pela posse de
bola no campo de ataque do que por chances claras de gol.
Ao fim do
jogo, momento em que o Inter viu a vitória escapar nas últimas partidas, Nico
López entrou livre na área, mas a marcação chegou na hora. Aos 41, Aylon rolou
para Alex na frente da área. Mesmo livre, ele tentou o chute direto e mandou
longe, mantendo a tensão no Beira-Rio.
Nos
minutos seguintes, pressão total do Santos, com direito a sequência de
escanteios para os visitantes. No momento mais crítico, aos 45, Aylon desviou a
bola na pequena área e evitou que Copete – completamente livre no segundo pau –
concluísse para as redes. Um susto, que quase matou os colorados cardíacos, mas
que não impediu o reencontro do Inter com a vitória, a primeira desde junho.
Brasileirão
- 23ª rodada
Inter 2
Danilo Fernandes;
William, Paulão (Ernando), Ernando e Geferson; Anselmo (Eduardo Henrique),
Fabinho, Valdívia (Alex) e Seijas; Nico López e Aylon. Técnico: Celso Roth.
Santos 1
Vanderlei;
Victor Feraz (Rodrigão, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Léo Cittadini
(Jean Mota), Renato, Vitor Bueno (Walterson) e Lucas Lima; Copete e Ricardo
Oliveira. Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Ricardo Oliveira (27/1º),
Seijas (42/1°), Aylon (15/2º)
Cartões
amarelos: Anselmo,
Fabinho, Eduardo Henrique; Lucas Lima, Victor Ferraz, Ricardo Oliveira, Zeca
Expulsão: Lucas Lima
Arbitragem: Rodrigo Batista Raposo,
auxiliado por Daniel Henrique da Silva Andrade e Jose Reinaldo Nascimento
Junior (trio do DF).
Público: 34.075
torcedores
Local: Estádio Beira-Rio
Tiago Medina
Correio do Povo
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