Magistrado passou a atuar na Comarca de
Gaurama/Foto: Arquivo/TP News
O juiz Fernando Vieira dos
Santos, que
trabalhou no processo de guarda de Bernardo Boldrini, menino assassinado em
abril de 2014, recebeu pena de censura do Órgão Especial do Tribunal de
Justiça do RS. O magistrado respondeu a
Processo Administrativo Disciplinar aberto no ano passado pelo tribunal.
O
procedimento disciplinar foi sobre uma casa que o juiz
comprou após atuar no inventário em que essa residência fazia parte. A compra do imóvel
foi investigada pela Corregedoria-Geral do TJ, que propôs a abertura do
processo, aprovada pelos 25 desembargadores que compõem o órgão especial.
O
resultado do julgamento deu-se da seguinte forma: 13 votos pela censura, 11 pela remoção
compulsória, quando o juiz é transferido de comarca, e 1 pela improcedência da
ação. A pena de censura é considerada grave. A denúncia partiu do
então ouvidor da Assembleia Legislativa, deputado Marlon Santos.
Desde
outubro, Fernando Vieira dos Santos já não é mais o juiz
da 2ª Vara da Infância e Juventude do Fórum de Três
Passos. O magistrado assumiu, em novembro, a Comarca de
Gaurama, no Norte do Estado. Segundo o TJ RS, a transferência do juiz foi por
remoção simples. O substituto de Fernando deverá ser definido até o final do
ano, de acordo com o tribunal.
Entenda o Caso
Bernardo
Bernardo Uglione
Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Dez dias
depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen,
dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Foram presos o
médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa,
identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia,
também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados
e irão a julgamento.
Fonte:
Três Passos News
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