Policiais trabalham
par evitar que mais adolescentes cometam suicídio
Polícia trabalha para evitar que novas mortes
ocorram
Crédito: Halder Ramos / Especial / CP
Crédito: Halder Ramos / Especial / CP
Por Halder Ramos
Um fato inusitado na rotina policial de Canela e Gramado, na Serra gaúcha, preocupa, choca e intriga a Polícia Civil da região. Os agentes das Delegacias de Polícias dos dois municípios investigam um possível pacto de morte coletivo entre adolescentes. Duas meninas, de 18 e 14 anos, cometeram suicídio e outras foram flagradas com autolesões nos pulsos.
Além de apurar envolvidos e motivações do pacto, os trabalhos buscam evitar que novas mortes ocorram e que o acordo de morte seja cumprido. “Temos relatos de situações semelhantes em outros lugares da América Latina, mas é um caso raro para a nossa realidade. Queremos identificar a rede de envolvidos no pacto e preservar a vida dessas meninas”, afirmou a delegada regional Elisângela Melo Reghelin, que concedeu entrevista coletiva ao lado dos delegados de Canela, Vladimir Medeiros, e Gramado, Gustavo Barcellos na tarde desta quinta-feira.
O primeiro suicídio consumado ocorreu na terça-feira passada, em Canela, e o segundo na sexta, em Gramado. Outras duas meninas foram hospitalizadas nessa quarta-feira. Uma foi internada no Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, e outra no Hospital de Caridade de Canela. As adolescentes recebem acompanhamento médico e psicológico. Outro jovem teria tido um surto ao receber a informação da morte de uma amiga, mas não teria atentado contra a própria vida.
Os delegados não possuem informações sobre o número de envolvidos e, para não atrapalhar as investigações, não divulgam as possíveis motivações do pacto. No entanto, confirmam a ligação entre os casos. Conforme o delegado de Canela, Vladimir Medeiros, os indícios para a existência do pacto de morte teriam sido levantados em depoimentos de adolescentes e familiares, em conversas interceptadas de redes sociais e pelo vínculo de amizade entre as vítimas.
“São meninas com a autoestima baixa e com relatos de histórico de depressão”, afirmou Medeiros. “Elas possuem um grande vazio existencial que vem a ser suprido por outros aspectos, como o religioso. Estamos investigando o que há por trás das mortes. Nossa prioridade é evitar que novos casos ocorram”, complementou a delegada.
Pulsos cortados
Além das duas mortes, a Polícia Civil identificou três adolescentes com lesões nos braços. O delegado de Gramado, Gustavo Barcellos, destacou que os cortes foram provocados pelas próprias meninas, mas não confirma as tentativas de suicídio. “Estamos investigando se o objetivo delas era provocar a morte ou apenas se ferir. Não podemos confirmar, ainda, as tentativas de suicídio”, disse
.
O trio de delegados observa que conta com apoio comunitário para elucidar o caso. Qualquer informação sobre membros do grupo ou adolescentes em situação de risco podem ser repassadas pelos telefones: (54) 9968.1166, (54) 8409.7313, (54)3282.1212 e (54)3286.2300 ou pelo email: gramado-dpr@pc.rs.gov.br.
Um fato inusitado na rotina policial de Canela e Gramado, na Serra gaúcha, preocupa, choca e intriga a Polícia Civil da região. Os agentes das Delegacias de Polícias dos dois municípios investigam um possível pacto de morte coletivo entre adolescentes. Duas meninas, de 18 e 14 anos, cometeram suicídio e outras foram flagradas com autolesões nos pulsos.
Além de apurar envolvidos e motivações do pacto, os trabalhos buscam evitar que novas mortes ocorram e que o acordo de morte seja cumprido. “Temos relatos de situações semelhantes em outros lugares da América Latina, mas é um caso raro para a nossa realidade. Queremos identificar a rede de envolvidos no pacto e preservar a vida dessas meninas”, afirmou a delegada regional Elisângela Melo Reghelin, que concedeu entrevista coletiva ao lado dos delegados de Canela, Vladimir Medeiros, e Gramado, Gustavo Barcellos na tarde desta quinta-feira.
O primeiro suicídio consumado ocorreu na terça-feira passada, em Canela, e o segundo na sexta, em Gramado. Outras duas meninas foram hospitalizadas nessa quarta-feira. Uma foi internada no Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, e outra no Hospital de Caridade de Canela. As adolescentes recebem acompanhamento médico e psicológico. Outro jovem teria tido um surto ao receber a informação da morte de uma amiga, mas não teria atentado contra a própria vida.
Os delegados não possuem informações sobre o número de envolvidos e, para não atrapalhar as investigações, não divulgam as possíveis motivações do pacto. No entanto, confirmam a ligação entre os casos. Conforme o delegado de Canela, Vladimir Medeiros, os indícios para a existência do pacto de morte teriam sido levantados em depoimentos de adolescentes e familiares, em conversas interceptadas de redes sociais e pelo vínculo de amizade entre as vítimas.
“São meninas com a autoestima baixa e com relatos de histórico de depressão”, afirmou Medeiros. “Elas possuem um grande vazio existencial que vem a ser suprido por outros aspectos, como o religioso. Estamos investigando o que há por trás das mortes. Nossa prioridade é evitar que novos casos ocorram”, complementou a delegada.
Pulsos cortados
Além das duas mortes, a Polícia Civil identificou três adolescentes com lesões nos braços. O delegado de Gramado, Gustavo Barcellos, destacou que os cortes foram provocados pelas próprias meninas, mas não confirma as tentativas de suicídio. “Estamos investigando se o objetivo delas era provocar a morte ou apenas se ferir. Não podemos confirmar, ainda, as tentativas de suicídio”, disse
.
O trio de delegados observa que conta com apoio comunitário para elucidar o caso. Qualquer informação sobre membros do grupo ou adolescentes em situação de risco podem ser repassadas pelos telefones: (54) 9968.1166, (54) 8409.7313, (54)3282.1212 e (54)3286.2300 ou pelo email: gramado-dpr@pc.rs.gov.br.
Fonte: Correio
do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário