sexta-feira, 5 de abril de 2013

Brasil mantém embaixada enquanto avalia comunicado da Coreia do Norte

Governo norte-coreano ofereceu apoio para retirada de funcionários diplomáticos


     O governo do Brasil pretende manter, por enquanto, a Embaixada do Brasil em Pyongyang, capital da Coreia do Norte em funcionamento, mesmo após ter recebido um comunicado do governo do país instruindo que todas representações diplomáticas terão apoio logístico para a saída de seus funcionários. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou ter recebido o aviso norte-coreano nesta sexta-feira.
  
     A Coreia do Norte declarou que não poderá garantir a segurança das embaixadas a partir de 10 de abril em caso de conflito, anunciou nesta sexta-feira o Foreign Office. Segundo o Itamaraty, ainda não houve decisão sobre a retirada dos funcionários brasileiros. Porém, o assunto está sob análise. 

     Na embaixada brasileira na Coreia do Norte, aberta em 2009, estão o embaixador Roberto Colin e um funcionário. Em situação de emergência, o Itamaraty informou que embaixada brasileira pode passar a desempenhar as atividades em Dandong, na China, que fica a quatro horas (por terra) do território norte-coreano. O local também possui um abrigo subterrâneo e gerador próprio.

     A Embaixada do Brasil em Pyongyang, informou ao Itamaraty que os brasileiros que vivem no país são a mulher do embaixador da Palestina e a filha caçula, assim como o embaixador do Brasil e a família dele – mulher e filho - além de um funcionário administrativo.

     Ontem, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou a preocupação do governo brasileiro com a possibilidade de conflito nuclear na Península Coreana. “O que nós esperamos é que essa retórica se revele nada mais do que retórica e não desencadeie um conflito armado”, disse ele, na audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, no Senado.

     No domingo, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual faz parte o Brasil, emitiu nota expressando preocupação com a possibilidade de uma guerra nuclear entre as duas Coreias. No texto, os governos defenderam a preservação da paz e da segurança, apelando pelo diálogo como meio adequado para pôr fim às diferenças.

     As relações comerciais entre o Brasil e a Coreia do Norte são consideradas modestas pelas autoridades brasileiras. Mas há informações de que existem empresários brasileiros interessados em estabelecer relações econômicas e comerciais com o país. Em 2008, o intercâmbio comercial chegou a 375 milhões de dólares.

Fonte: Agência Brasil
Correio do Povo

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