segunda-feira, 29 de abril de 2013

Preso secretário de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul

Polícia Federal desarticulou rede de corrupção voltada à obtenção ilegal de licenças ambientais


     Numa operação conjunta entre o Ministério Público do Estado (MP) e a Polícia Federal (PF) foi preso na madrugada desta segunda-feira o secretário estadual de Meio Ambiente Carlos Fernando Niedersberg. O secretário estaria sendo investigado por suposto envolvimento em recebimento de recursos ilegais na liberação de licenças ambientais.

     De acordo com a PF, a operação, denominada Concutare, identificou um grupo criminoso formado por servidores públicos, consultores ambientais e empresários. Os investigados atuariam na obtenção e na expedição de concessões ilegais de licenças ambientais e autorizações minerais junto aos órgãos de controle ambiental. A investigação iniciou em junho de 2012.

Tarso afasta secretário

     O governador do Estado anunciou na manhã desta segunda-feira o afastamento do secretário Carlos Fernando Niedersberg. Ele foi informado da operação Concutare pelo ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Já o prefeito de Porto Alegre José Fortunati determinou que qualquer investigado pela operação seja afastado, embora o chefe do Executivo municipal ainda não tenha a relação dos supostos investigados.

Ordens judiciais em oito cidades gaúchas

     Cerca de 150 policiais federais participam da operação para executar 29 mandados de busca e apreensão e de prisão temporária expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. As ordens judiciais serão cumpridas nos municípios gaúchos de Caçapava do Sul, Canoas, Caxias do Sul, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, São Luiz Gonzaga e Taquara, além de Florianópolis, em Santa Catarina.
  
     Os investigados devem ser indiciados por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, crimes ambientais e lavagem de dinheiro, conforme a participação individual de cada envolvido. As investigações foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e ao Patrimônio Histórico (DELEMAPH) e pela Unidade de Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.

Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba

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