Policiais cumpriram mandados
de prisão e
busca e apreensão em Jaquirana
(Foto: Guilherme Pulita/RBS TV)
busca e apreensão em Jaquirana
(Foto: Guilherme Pulita/RBS TV)
Em operação realizada
na manhã desta quarta-feira (31) em Jaquirana, na Serra do Rio Grande do Sul, a
Polícia Civil cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra crimes
eleitorais, descobertos após investigação com interceptações telefônicas. O
filho do prefeito reeleito pela Coligação UNIJAQ (formada pelos partidos PP,
PMDB, PPS e DEM), um vereador reeleito pela terceira vez e um coordenador de campanha
foram presos. Eles estavam com prisão preventiva decretada pela Justiça.
Segundo o delegado
que comanda a operação, Flademir Paulino de Andrade, foram realizadas escutas
de ligações feitas por Ivan Lauro Rauber (filho do prefeito), José Evandro Pereira
dos Reis (coordenador de campanha e cabo eleitoral) e Orestes Ângelo Andelieri
(vereador reeleito). No total foram 15.665 ligações interceptadas, transcritas
em 353 páginas. "O que se viu foi a prática reiterada de crimes
eleitorais, principalmente a prática do crime de corrupção eleitoral ativa e
passiva, e a prática do crime de transporte de eleitores", informa.
Conforme a
investigação, os três presos falam em doações ou promessas de vantagens em
troca de votos, principalmente dinheiro, combustível, máquina de lavar,
passagens de ônibus e até de avião, e pagamento de contas. Nas escutas a
polícia também constatou indícios de desvio de dinheiro da prefeitura municipal
para uso na campanha eleitoral.
Populares se concentram em
frente à delegacia
(Foto: Guilherme Pulita/RBS TV)
(Foto: Guilherme Pulita/RBS TV)
Até pouco antes das
9h os presos, levados para a delegacia, ainda não haviam sido ouvidos
formalmente. Eles têm o direito de ficar em silêncio e se manifestarem somente
em juízo. A partir de agora, a delegacia de Jaquirana tem 30 dias para concluir
os inquéritos e enviá-los para a Justiça.
O advogado de defesa
dos três presos alegou inocência. "As denúncias são infundadas, eles são
inocentes. Vou me inteirar dos fatos para iniciar o trabalho de defesa",
disse Gustavo Paim.
Durante a operação,
moradores da cidade se concentraram em frente à delegacia. Houve um princípio
de confusão e policiais permaneceram na rua para monitorar a situação.
Segundo o delegado
Flademir, os presos ficarão sujeitos a penas que poderão chegar a 4 anos de
reclusão pelo crime de Corrupção Eleitoral, a 6 anos de reclusão pelo crime de
Transporte de Eleitores, a 12 anos pelo crime de Peculato e a 3 anos pela
prática do crime de Formação de Quadrilha.
Poderão ser
ajuizadas, também, ações eleitorais próprias para buscar cassações de
candidaturas ou de diplomações dos envolvidos. Os presos seriam encaminhados ao
Presídio Estadual de Vacaria, onde ficarão à disposição da Justiça Eleitoral.
Em contato com a
prefeitura de Jaquirana, o G1 foi informado que a assessoria de
imprensa atenderia a partir das 10h desta quarta.
Fonte:
Do G1 RS
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