Segundo a PM, segurança de
deputado reagiu a um assalto (Foto: Cristiano Borges/Jornal O Popular)
Um sargento da
Polícia Militar (PM) que trabalha na Assembleia Legislativa de Goiás e faz a
segurança do deputado estadual Luiz Carlos do Carmo (PMDB) matou um suposto
assaltante por volta das 12h desta segunda-feira (29), no Setor Oeste, em
Goiânia. Segundo informações do aspirante da PM Higor Alexandre Guimarães, o
policial estava no veículo do político.
Ele tinha deixado o
deputado em uma reunião e o esperava na praça da Rua 23, quando o suspeito deu
voz de assalto. “Ele estava sozinho no veículo e entregou as chaves. Quando já
estava descendo, reagiu”, explicou o aspirante. Após a morte do suspeito, uma
mulher, que se identificou como esposa dele, também foi presa. A polícia
investiga se ela participou da tentativa de assalto.
A perícia esteve no
local e o trânsito precisou ser desviado. O sargento se apresentou
espontaneamente na Corregedoria da PM e foi liberado. Um inquérito será aberto
para apurar o caso.
O G1 tentou falar com o deputado Luiz do
Carmo nesta tarde, mas ele não atendeu as ligações.
Deputado Luiz do Carmo
usando camiseta com
foto da filha (Foto: Versanna Carvalho/G1)
foto da filha (Foto: Versanna Carvalho/G1)
Latrocínio
O deputado Luiz do
Carmo perdeu a filha, Michelle Muniz do Carmo, de 30 anos, durante uma
tentativa de assalto no dia 21 de abril deste ano. O crime aconteceu em frente
a uma distribuidora de bebidas do Setor Nova Suíça, bairro nobre de Goiânia.
Em entrevista ao G1 em agosto deste ano, o deputado falou
sobre o sentimento de perda. “O choque é muito grande. Eu vou te falar do meu
sentimento de pai. Uma morte dessas afeta a família toda. Todo mundo está
adoecendo, a família está adoecendo”, disse Luiz Carlos.
Deprimido com a morte
da filha, o político contou que ficou sem ir à Assembleia Legislativa nos
primeiros 50 dias e que chegou a pensar em abrir mão do seu mandato de deputado
estadual. Refletiu e decidiu permanecer e ter uma voz na Assembleia, junto aos
colegas deputados.
Ao todo, seis homens
foram acusados de envolvimento na morte de Michelle: um teria atirado na jovem,
outro teria entrado no carro dela e um terceiro teria dado cobertura ao crime.
Outros três também participaram: o que teria emprestado o carro, o que teria
emprestado a arma do crime e o que teria guardado a arma após o crime.
Indignação
Para o deputado Luiz
do Carmo, o Código Penal não atende aos anseios da população por segurança.
“Esses bandidos, mesmo que sejam condenados, pegarão no máximo 30 anos de
prisão. No máximo em dez, 12 anos eles estarão livres e fazendo a mesma
maldade”, lamentou. Na opinião do pai de Michelle, a certeza disso aumenta a
certeza da impunidade.
O político comentou
que, como deputado estadual, não pode lutar por mudanças na lei de latrocínio.
Ele pensa em começar, como cidadão, nos moldes do que aconteceu com a Lei da
Ficha Limpa, um projeto de iniciativa popular para aumentar a pena máxima para
o crime de latrocínio para no mínimo 50 anos, sem direito a progressão de
regime.
“Eu quero fazer igual
ao Ficha Limpa que pegou um milhão de assinaturas e mudou tudo. Quero ver se
pego no Brasil uns dois milhões de assinaturas para mudar a lei de latrocínio”,
comentou.
O empresário tem consciência de que se esta mudança ocorrer, não virá a tempo de ser aplicada nos acusados pela morte da filha. “Quero fazer isso pela sociedade futura. Desde que isso aconteceu com a Michelle, fui procurado e soube de muitos casos de latrocínio”, disse.
O empresário tem consciência de que se esta mudança ocorrer, não virá a tempo de ser aplicada nos acusados pela morte da filha. “Quero fazer isso pela sociedade futura. Desde que isso aconteceu com a Michelle, fui procurado e soube de muitos casos de latrocínio”, disse.
Michelle Muniz foi morta a
tiros em frente a distribuidora de Goiânia (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Fonte:
Do G1 GO
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