Autoridades apuram como a dupla foi retirada da prisão e quem instigou a violência
A polícia do distrito de Santa Cruz, na Bolívia, anunciou no final da tarde desta quarta-feira que vai iniciar investigações sobre o linchamento de dois brasileiros na cidade de San Matías. Rafael Max Diez e Jefferson Castro Lima foram arrancados à força de suas celas na delegacia de polícia, espancados e, por fim, tiveram os corpos queimados por uma turba enfurecida na fronteira com o Mato Grosso.
De acordo com o jornal local La Razon, o fiscal de distrito, Isabelino Gómez, designou uma comissão para apurar quem incitou a multidão ao massacre e como foram abertas as celas da delegacia. A dupla havia sido presa sob suspeita de assassinar um trio de bolivianos: Paulino Parabá, Edgar Suarez e Vanderley Costa, além de ferir outros com armas de fogo.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o Consulado do Brasil em Santa Cruz de La Sierra acompanha o caso desde a prisão dos dois brasileiros e prepara um relatório sobre o episódio. As informações, segundo o Itamaraty, ainda estão sendo levantadas.
A comandante do departamento de polícia de Santa Cruz, Lyly Cortez, explicou que o efetivo na cidade era pequeno demais para conter a multidão que invadiu a delegacia. "Não conseguir fazer resistência e foram retirados para garantir sua segurança", justificou.
A imprensa boliviana diz que os manifestantes jogaram gasolina em Dias e Lima e depois atearam fogo enquanto ainda vivos. A fúria começou depois de o chefe de polícia da cidade, Edwin Rojas, informar que Rafael Dias disparou contra os bolivianos depois de uma discussão. Jefferson foi preso suspeito de ser cúmplice do triplo homicídio. A multidão também incendiou um carro que estava perto da delegacia de polícia por desconfiar que pertencia aos brasileiros.
Fonte: Correio do Povo, com informações da Agência Brasil.
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