quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Polícia Civil de Joinville busca autores das duas mortes brutais em Araquari


Corpos de amigos de 17 anos procurados havia dez dias são encontrados em mata


  Familiares reconheceram as roupas dos dois rapazes - Salmo Duarte / Agencia RBS

     — Estava colocando uma cerca quando vi os urubus sobrevoando e comecei a procurar.

     Assim Ivan Rodrigo Pereira, responsável pela manutenção de uma fazenda em Araquari, explicou quarta-feira de manhã como 
encontrou os corpos de dois jovens de 17 anos, que estavam desaparecidos em Joinville desde a madrugada do dia 19. 

     Os corpos estavam em uma mata fechada na Estrada Porto Alegre, lateral do Rio do Morro, a cerca de 20 km de onde foram vistos pela última vez.

     O funcionário já havia presenciado a movimentação da polícia e de familiares que, após receberem denúncias por telefone, começaram buscas pela região. Por isso, afirma não ter ficado surpreso ao se deparar com os corpos em decomposição.

      Parentes dos jovens, que eram amigos e estudaram a maior parte da vida juntos, reconheceram roupas e sapatos como sendo os que Leonardo Carvalho dos Santos e Marlon Cararo usaram para ir a uma boate na zona Sul de Joinville.

     A descoberta pôs fim ao mistério e à esperança que familiares tinham de encontrá-los com vida, mas não à angústia das famílias, que agora esperam por justiça. O Departamento de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Joinville, que havia instaurado inquérito para apurar o sumiço dos rapazes, busca os autores dos que podem ser considerados mortes brutais, com indícios de tortura. 

     — Eles tinham as mãos amarradas e sinais de violência. Mas só o Instituto Médico Legal deverá apontar a causa das mortes —, diz o delegado Paulo Campos, da divisão de homicídios.

     Familiares abriram quarta-feira suas desconfianças à polícia. Segundo alguns deles, que conversaram com “AN” mas preferiram não se identificar, Leonardo presenciara um assassinato no início do ano.

     Já Marlon tinha envolvimento com drogas, confirmou a PM. Também foram repassadas à polícia informações recebidas durante a divulgação do desaparecimento dos jovens em redes sociais.

     Os celulares por meio dos quais a família foi informada do paradeiro dos corpos foram entregues para perícia. Testemunhas disseram à família ter visto os dois jovens serem colocados à força dentro de um carro preto, mas a informação não foi confirmada pela polícia, que analisou imagens das câmeras da Polícia Militar na região.


Fonte: A NOTÍCIA

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