Filha da vítima afirmou que houve descaso por
parte do DML, IGP e até da própria Brigada Militar
Uma idosa
de 60 anos morreu no final da tarde dessa terça-feira, no bairro Bom Jesus,
localizado na zona Leste de Porto Alegre, e teve seu corpo removido de sua casa
20 horas depois do óbito. De acordo com a filha da vítima, Thamires
Silveira de Braga, de 22 anos, sua mãe faleceu por conta de um mal súbito às
17h de ontem e seu corpo só foi retirado às 14h desta quarta.
Ela
afirmou que houve completo descaso por parte das autoridades como o
Departamento Médico Legal (DML) do Instituto Geral de Perícias (IGP), o Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a própria Brigada Militar (BM).
Thamires entrou em contato com os serviços e recebeu a seguinte resposta: “não
podemos fazer nada”. “Nós tivemos que fazer um protesto e trancar a rua para
que eles viessem retirar o corpo da minha mãe”, explicou Thamires.
Protesto
Amigos e
vizinhos se reuniram, atearam fogo em um veículo e obstruíram o trânsito na rua
Santa Isabel com barricada de pneus por volta das 13h. A linha T1 chegou a
ficar sem circular na primeira hora da tarde, mas a situação foi normalizada em
seguida.
A Polícia
Civil foi até o local por volta das 14h, mais de 20h após o óbito de Eva e
providenciou o encaminhamento. Com isso, o protesto foi encerrado e o veículo
queimado foi retirado do local.
Mudanças
no serviço ao atendimento de mortes sem violência
Em
agosto, o serviço nos casos de morte sem violência, não serão mais encaminhados
ao Departamento Médico LEgal (DML). Segundo a legislação, essa é uma atribuição
do Sistema Público de Saúde e desde o dia 15 de agosto, os trabalhos não são
mais efetuados pela Polícia Civil (PC) e pelo Instituto-Geral de Perícias
(IGP). O novo procedimento vai evitar a demora causada pelo processo de uma
investigação policial e desafogar os órgãos da Secretaria da Segurança Pública
(SSP).
Jessica Hübler
Correio do Povo
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