Operação Greenfield investiga gestão
fraudulenta em Funcef, Petros, Previ e Postalis
A Polícia
Federal (PF), com o auxílio técnico do Ministério Público Federal (MPF),
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) e Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), deflagrou na manhã desta segunda-feira a operação
Greenfield com o objetivo de apurar crimes de gestão temerária e fraudulenta em
desfavor de quatro dos maiores fundos de pensão do país: Fundação dos
Economiários Federais (Funcef), Plano do Sistema Petrobras (Petros), Caixa de
Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e Fundo de Pensão dos
Funcionários dos Correios (Postalis).
Estão sendo
cumpridos 127 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília
(DF): sete de prisão temporária, 106 de busca e apreensão e 34 de condução
coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio
Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas, além do Distrito Federal. A
decisão judicial ainda determinou o sequestro de bens e o bloqueio de ativos e
de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas que são
alvos da operação no valor aproximado de R$ 8 bilhões.
A ação é
ancorada em dez casos revelados a partir do exame das causas dos déficits
bilionários apresentados pelos fundos de pensão. Entre os dez casos, oito são
relacionados a investimentos realizadas de forma temerária ou fraudulenta pelos
fundos de pensão, por meio dos Fundos de Investimentos em Participações (FIPs).
Investigações
Segundo a
PF, durante as investigações, alguns núcleos criminosos foram configurados: o
núcleo empresarial, o núcleo dirigente de fundos de pensão, o núcleo de empresas
avaliadoras de ativos e o núcleo de gestores e administradores dos FIPs.
Os
investigados responderão, na medida de suas participações, por gestão temerária
ou fraudulenta, além de outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional,
previstos na lei nº 7.492/86.
Participam
da operação cerca de 560 policiais federais, além de 12 inspetores da CVM,
quatro procuradores federais da CVM, oito auditores da PREVIC e sete
procuradores da República.
O nome da
operação faz alusão a investimentos que envolvem projetos incipientes
(iniciantes, em construção), ainda no papel, como se diz no jargão dos
negócios. O contrário de investimentos Greenfield é o Brownfield, no qual os
recursos são aportados em um empreendimento/empresa já em operação.
Amazonas
Manaus: 2
mandados de busca e apreensão
Bahia:
Salvador:
1 mandado de busca e apreensão e 1 condução coercitiva;
Ilheus: 1
mandado de busca e apreensão;
Distrito Federal:
Brasília:
20 mandados de busca e apreensão, 6 conduções coercitivas e 5 mandados de
prisão temporária;
Espírito Santo:
Vila
Velha: 1 mandado de busca e apreensão e 1 prisão temporária;
Paraná:
Curitiba:
1 mandado de busca e apreensão;
Rio de Janeiro:
Rio de
Janeiro: 28 mandados de busca e apreensão, 7 conduções coercitivas e 1 prisão
temporária;
Niterói:
3 mandados de busca e apreensão e 1 condução coercitiva;
Rio Grande do Sul:
Porto
Alegre: 2 mandados de busca e apreensão e 1 condução coercitiva;
Santa Catarina:
Florianópolis:
3 mandados de busca e apreensão, 1 condução coercitiva e 1 mandado de prisão
temporária;
São Paulo:
São
Paulo: 44 mandados de busca e apreensão, 17 conduções coercitivas e 1 prisão
temporária;
Campinas:
1 mandado de busca e apreensão e 1 condução coercitiva;
Santos: 1
mandado de busca e apreensão.
Fonte:
Correio do Povo
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