"Estamos no limite", diz administradora do presídio sobre a
população carcerária
Agentes fizeram a revista durante a manhã desta
segunda-feira, 7 de março. FOTO - Cristiane Luza
Por: Cristiane Luza
Revista geral às
celas 4 e 7 do Presídio Estadual de Frederico Westphalen resultou na apreensão
de telefones, drogas e armas na manhã desta segunda-feira, 7 de março.
Coordenados pelo
chefe de segurança da unidade, Oliverio de Vargas Rosado, agentes penitenciários
que saíam do plantão e profissionais que assumiam o turno fizeram a vistoria
após recebimento de denúncias.
No total, eles
localizaram três facas artesanais - chamadas de estoques -, três invólucros
contendo cerca de 5 gramas de uma substância com características de maconha,
além de seis celulares, mais duas baterias e um carregador. A ação iniciou às
8h e encerrou por volta das 9h30.
De acordo com a
administradora da casa prisional, Adriana Borella Rosado, a suspeita é de que
os celulares tenham entrado nos horários de visita, escondidos na partes
íntimas de visitantes. Além disso, há casos de drogas e outros ilícitos que são
arremessados para dentro do pátio. "Já flagramos algumas dessas situações
e estamos buscando alternativas para resolver o problema. Pensamos em instalar
uma tela em cima do pátio, como há em Iraí e Carazinho", disse
Adriana.
Baixo efetivo versus aumento da população
carcerária
Segundo a
administradora, fazia tempo que não ocorriam revistas no presídio devido à
falta de efetivo. Atualmente, a unidade conta com nove agentes para quase 180
apenados. A capacidade de engenharia da estrutura foi construída para 84
presos. "Nossos agentes fazem escoltas internas, externas e o serviço
dentro do presídio. Por turno temos três profissionais, mas o ideal seria
cinco. Além disso, ainda enfrentamos a redução de horas extras", explicou
Adriana.
Os resultados da
superlotação carcerária são celas ocupadas por até dez apenados - quando
deveriam abrigar quatro -, necessidade de construção de uma nova galeria e
estrutura de energia elétrica prejudicada. A fim de resolver os problemas, a
administração abrirá mão da construção do albergue e busca, junto ao
Judiciário, auxílio para conseguir mais celas e uma subestação de energia
elétrica. "Estamos no limite. Devido à superlotação, tivemos duas vezes em
que o presídio quase pegou fogo. Estamos revezando o uso de lâmpadas e
chuveiros. Se passarmos de 180 presos, vamos ter de interditar a unidade ou
realocar apenados a outras cidades, como Iraí e Sarandi", complementou
Adriana.
Fonte: FOLHA DO NOROESTE
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