Partido deixou
oficialmente base governista em reunião do Diretório Nacional
Em reunião do diretório nacional, o PMDB
decidiu "desembarcar" do governo federal
Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados / CP
Como já era esperado, o Diretório Nacional do PMDB decidiu
na tarde desta terça-feira, por aclamação, deixar a base aliada do governo
Dilma Rousseff. A decisão foi anunciada pelo senador Romero Jucá (RR),
vice-presidente da legenda, que substituiu o presidente nacional do partido e
vice-presidente da República, Michel Temer. O PMDB também decidiu que os
ministros do partido deverão deixar os cargos. Participaram da reunião mais de
100 membros do diretório.
Dono das maiores bancadas no Congresso Nacional (68 deputados e 18
senadores), o PMDB poderá definir o futuro de Dilma Rousseff no Palácio do
Planalto. Aliado desde o primeiro governo Lula, o partido foi fundamental
na aprovação de muitos dos projetos propostos pelo PT. Mas, com a crise
política e os escândalos que marcaram o governo Dilma, a decisão foi pelo
rompimento.
Com a definição, o partido entregará os sete ministérios e os cerca de
600 cargos no primeiro escalão do governo federal. Na segunda-feira, o
ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, se antecipou a decisão do
diretório nacional e pediu exoneração. Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera
(Ciência e Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia), Mauro Lopes
(Secretaria de Aviação Civil), Kátia Abreu (Agricultura) e Helder
Barbalho (Secretaria de Portos) terão até o dia 12 de abril para deixar os
cargos.
Temer, que é presidente nacional do partido e um dos principais
articuladores do “desembarque”, preferiu não comandar a reunião do diretório para se preservar. O objetivo é não
passar a imagem de que comandou o processo de rompimento.
Correio do Povo e Agência Brasil
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