Governador acompanhou a trituração para
reciclagem de 98 toneladas de sucata automotiva apreendidas na Operação
Desmanche (Foto: Daniela Barcellos/Palácio Piratini)
O governador José Ivo Sartori
acompanhou, na tarde desta quinta-feira (24), a trituração para reciclagem de
98 toneladas de sucata automotiva apreendidas na edição de terça-feira da
Operação Desmanche, na Usina Siderúrgica Riograndense da Gerdau, em Sapucaia do
Sul. Acompanhado das autoridades que representam a ação integrada do governo do
Estado no combate aos estabelecimentos irregulares e venda de peças ilegais,
Sartori reforçou a necessidade da participação da sociedade para coibir os
crimes relacionados a furtos e roubos de veículos.
Coordenada pela Secretaria da
Segurança Pública (SSP) com a participação da Polícia Civil, Brigada Militar,
do Instituto-Geral de Perícias e Detran/RS, a ação busca combater a receptação
e o comércio ilegal de autopeças através da fiscalização realizada pelos órgãos
estaduais.
Em pouco mais de um mês, a
força-tarefa apreendeu e destruiu 336,8 toneladas de sucata em cinco operações
deflagradas em desmanches irregulares de Porto Alegre e na Região
Metropolitana. A prisão de 11 pessoas e o fechamento de 11 estabelecimentos
também se somam aos resultados da fiscalização. A trituração inicia o processo
de reciclagem e destinação correta do material apreendido.
“Não vai ter moleza para o
comércio ilegal de autopeças, pois é nosso papel defender a vida dos cidadãos e
as famílias do nosso Rio Grande. Não podemos ser condizentes e tolerantes
porque não é apenas furto e roubo de veículo, e sim organizações criminosas que
dessa prática resolvem fazer uma atividade econômica indecente, ilegal e
ilícita”, disse o governador em entrevista coletiva à imprensa após visitar as
dependências da empresa conveniada ao Detran/RS.
A determinação para o avanço
das operações é o diálogo dos organismos de segurança pública com as
prefeituras, através da Famurs, para que os municípios tenham cuidado redobrado
ao licenciar e liberar alvarás a estabelecimentos.
Operação integrada
De acordo com o secretário da
Segurança Pública, Wantuir Jacini, o objetivo da força-tarefa é combater a
receptação de peças ilegais. “Nos onze desmanches fiscalizados encontramos
carros roubados. Temos uma tarefa grande pela frente e que vai ser executada em
uma operação de integração. Estamos mostrando aos consumidores que eles devem
adquirir peças em estabelecimentos regulares, e não em irregulares por preços
mais baixos, contribuindo desta forma para o aumento de roubos, furtos e
latrocínios”, afirmou.
Para o chefe da Polícia Civil,
delegado Emerson Wendt, esta é apenas mais uma etapa cumprida. “Toda vez que um
cidadão de bem compra uma peça em estabelecimento irregular está contribuindo
com a violência da qual ele pode vir fazer parte como vítima. É importante
salientar que a população deve colaborar com as forças policiais, evitando
também que novas pessoas sejam vítimas”, disse.
Além de desestimular o comércio
de peças advindas de crimes como furto, roubo e latrocínio, cada tonelada de
reciclagem do material apreendido vale aproximadamente R$ 120 reais, o que
resulta em recursos para o fundo da segurança pública, que poderão ser
aplicados, conforme legislação estadual, em investimentos para a área.
Lei Estadual dos
Desmanches
A Operação Desmanche atua
através da Lei Estadual dos Desmanches, sancionada no mês de dezembro por
Sartori, que regulamenta a lei federal 12.977/2014 e determina que peças
automotivas sem comprovação de procedência sejam apreendidas e recicladas. As
peças identificadas como originárias de crimes são levadas para abertura de
inquérito policial, enquanto os estabelecimentos sem registro no Detran têm os
alvarás cassados pelas prefeituras.
O controle intensificado da
comercialização ilegal de autopeças combate diretamente o roubo e o furto de
veículos, a receptação de peças e o latrocínio (roubo seguido de morte),
praticado em grande parte durante ataques a motoristas.
O consumidor pode diferenciar
as empresas credenciadas das ilegais pelo logotipo do Detran na fachada do
estabelecimento e pela venda mediante nota fiscal eletrônica. As empresas que
vendem peças dentro da legalidade podem ser conferidas no site www.detran.rs.gov.br/consulta-pecas.
Estavam presentes os
secretários da Modernização Administrativa e Recursos Humanos, Edu Oliveira; do
Turismo, Juvir Costella; o vice-prefeito de Sapucaia do Sul, Arlenio da Silva;
o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas Moreira; o
coordenador operacional da força-tarefa, tenente-coronel Luiz Porto; o chefe da
Polícia Civil, delegado Emerson Wendt; o diretor-geral do Instituto Geral de
Perícias, Cleber Ricardo Muller, o diretor-geral do Detran/RS, Ildo Mario
Szinvelski e o gerente executivo da Usina Siderúrgica Riograndense, Tiago
Alliatti Beleza.
Texto: Letícia Bonato/Secom
Edição: Cristina Lac/Secom
Palácio Piratini
Edição: Cristina Lac/Secom
Palácio Piratini
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