Para Sartori, a lei reforça a valorização do
laço como um forte símbolo da cultura gaúcha (Foto: Karine Viana)
O governador José Ivo Sartori
assinou, simbolicamente, nesta quinta-feira (24), a sanção do projeto de lei
377/2015, que estabelece o dia 26 de março como Dia do Laço. A data será
incorporada ao calendário oficial de eventos do Estado e foi escolhida por ser
o aniversário de Porto Alegre. A assinatura ocorreu durante almoço no galpão da
Farsul no Parque da Harmonia, em Porto Alegre.
Para Sartori, a lei
reforça a valorização do laço como um forte símbolo da cultura
gaúcha. “O laço remonta às nossas origens indígenas, porque eles é que
primeiro o usaram como instrumento de trabalho. Mas é também parte da história,
como patrimônio da cultura e da tradição gaúcha, e um símbolo de Porto Alegre”,
disse.
Para o autor do projeto de lei,
deputado Elton Weber, a data serve como preservação da cultura gaúcha. “Estamos
registrando em lei o laço como mais um símbolo do estado, além de homenagear os
laçadores e as pessoas que se reúnem pela tradição, cultivam a amizade e o
companheirismo, que vemos muito nos rodeios e competições”, afirmou,
acrescentando que há no Rio Grande do Sul cerca de 20 mil laçadores. O estado é
também sede de, aproximadamente, 400 rodeios por ano.
O Parque da Harmonia sedia
durante o feriado de Páscoa o 15º Rodeio de Porto Alegre, com a presença de
competidores gaúchos, e do Estado, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Participaram da cerimônia, o
secretário do Turismo, Esporte e Lazer, Juvir Costella, o presidente do
Sindicato Rural da capital, Cleber Vieira, o vice-prefeito Sebastião Melo,
dirigentes da Farsul e convidados, e o chefe de Gabinete do governador, João
Carlos Mocellin. A sanção do projeto de lei foi publicada no Diário Oficial
do Estado do último dia 21. Já foram reconhecidos como símbolos do Estado
o cavalo crioulo, a gaita e o churrasco.
O laço
Conforme a lei, entende-se por
laço a corda feita de tiras de couro cru, bastante comprida, chegando a ter 15
braças. É de grande utilidade nas lidas do campo e compreende quatro partes
distintas: a argola, a ilhapa, o corpo do laço e a presilha. Foi introduzido
pelos índios guaranis e até hoje é usado, com forte representação na identidade
do povo.
A estátua do Laçador, por exemplo,
é símbolo do Rio Grande do Sul e da sua capital, Porto Alegre, reconhecido
oficialmente por meio da lei estadual 12.992/08 e da lei complementar municipal
279/92.
Em sua origem, o laço surgiu em
virtude da necessidade de capturar as manadas de gado, que foram a base
econômica da então província de São Pedro, por fornecer a carne como alimento e
a coura para as habitações e utensílios. Também era indispensável na captura de
cavalos selvagens.
Texto: Heron Vidal/Palácio
Piratini
Edição: Cristina Lac/Secom
Edição: Cristina Lac/Secom
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