Mãe de Bernardo pode ter sido vítima de
homicídio/Foto: Arquivo/TP News
Um
menino de 11 anos foi morto alguns meses após ter ido ao Fórum de Três Passos
reclamar dos insultos da madrasta e da falta de interesse do pai. Quatro anos
antes, sua mãe foi encontrada morta na clínica do marido 72 horas antes de
assinar o divórcio.
No caso
do menino Bernardo, o crime foi esclarecido pela polícia 10 dias depois e os
acusados deverão ir a julgamento. Já a morte de sua mãe, Odilaine Uglione,
voltou a ser investigada a pedido do Ministério Público e está perto de ser
elucidada.
De
acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul – TJRS, a decisão de
dezembro autorizou a prorrogação do inquérito por 60 dias, impreterivelmente, a
partir de 19 de janeiro. Portanto, a data final é 19 de março.
Entenda
o Caso Odilaine
Conforme
a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de
Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito
policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à
clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do
médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de
Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala
de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da
pensão a ser paga após o processo de separação do casal.
Já a
defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da
mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local
da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e
lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na
mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini,
uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte
do garoto, que configuraria um fato novo.
Entenda
o Caso Bernardo
Bernardo
Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos.
Dez dias depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico
Westphalen, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Foram
presos o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira
pessoa, identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de
Edelvânia, também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os
quatro foram indiciados e irão a julgamento.
Fonte:
Três Passos News
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