Avião desaparecido no dia 18
de março foi encontrado nesta terça-feira (22).
Avião foi localizado na noite de terça-feira (22)
(Foto: Divulgação / Polícia Militar)
(Foto: Divulgação / Polícia Militar)
Um vídeo cedido com exclusividade pela
Polícia Militar à TV Liberal, afiliada da Rede Globo, nesta quarta-feira (23),
mostra o avião que desapareceu no dia 18 de março após decolar de Itaituba, na
região sudoeste do Pará. Um dos policiais militares envolvidos na operação de
buscas afirma que não há sobreviventes do acidente envolvendo a aeronave. O
garimpeiro que teria encontrado a aeronave levou as equipes de busca até o
local onde o bimotor teria caído.
"Dá para ver que não tem sobreviventes,
[encontramos] só a parte de trás da aeronave. O cidadão aqui [garimpeiro]
encontrou a aeronave aqui dentro da mata. Foi encontrado a uns 30 km da
rodovia, infelizmente sem nenhum sobrevivente", informou um dos policiais
militares que participou da operação de buscas.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o
avião foi encontrado a 20 km da sede do município de Itaituba. Nas imagens
cedidas pela PM, é possível ver apenas a cauda da aeronave, já que as asas
teriam se partido durante a queda. Segundo a FAB, a área onde o avião foi
encontrado já havia sido sobrevoada por diversas vezes, mas as condições da
região não permitiam o avistamento do alto.
A irmã da técnica de enfermagem Luciney,
Cláudia Aguiar, afirma que a família ficou apreensiva após a confirmação de que
a aeronave havia sido encontrada. "As primeiras informações de que tinha
sido um garimpeiro que tinha ido na delegacia falar que tinha encontrado o
avião foi o meu sobrinho que está lá que passou para a gente, afirmando que o
garimpeiro sabia onde é que estava e que as equipes haviam sido deslocadas para
lá", disse.
A informação foi confirmada pela FAB na
noite de terça-feira (22). O acidente será investigado pelo Serviço Regional de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa). Ao todo, cinco
pessoas estavam no avião: o piloto Luiz Feltrin, as técnicas de enfermagem
Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva
Costa, e o motorista Ari Lima. Eles viajavam para trabalhar no distrito de
saúde indígena da região. De acordo com amigos e familiares dos passageiros,
não há sobreviventes, mas a FAB ainda não tem informações sobre os corpos.
Identificação
A pedido da Polícia Civil, peritos do
Instituto Médico Legal (IML) de Santarém estão seguindo para Jacareacanga.
"Com certeza vai um perito para laboratório que é pra posteriores exames
de DNA e coleta, tudo vai ser realizado no nosso núcleo avançado de Itaituba",
informou a gerente regional do IML em Santarém, Stael Rejane.
"Porque o que a gente quer é
respostas, na verdade. Então isso aí é uma resposta, do jeito que for
encontrado a gente vai ter que aceitar porque a gente tem a conformação no
coração da gente", lamentou Cláudia Aguiar.
Uma operação foi iniciada nesta tarde na
tentativa de retirar o avião do local em que foi encontrado, já que aeronave
ficou presa à lama e submerso em uma área de várzea. Homens da Força Aérea
Brasileira trabalham na operação, juntamente com agentes da Polícia Militar,
Corpo de Bombeiros e Exército.
Uma equipe do Serviço Regional de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) deve chegar ainda
durante a tarde desta quarta em Jacareacanga para buscar mais informações e
esclarecer as causas do acidente.
Até o momento, a FAB não confirma mortes,
mas amigos do piloto do avião, Luiz Feltrin, e familiares da técnica de
enfermagem Luciney Aguiar afirmaram que, para eles, chegou a informação de que
não há sobreviventes.
Acidente e resgate
O bimotor saiu de Itaituba às 11h40 do dia
18 de março, e fez o último contato com a torre cerca de uma hora e vinte
minutos após a decolagem. Segundo a técnica de enfermagem Rayline Campos, que
conseguiu mandar um SMS para o tio antes do avião desaparecer, a aeronave havia
apresentado pane nos motores.
Segundo a FAB, a missão de resgate durou
35 dias e envolveu 50 militares. A FAB contabilizou mais de 230 horas de voo e
a área coberta ultrapassou a 28 mil km² sobrevoados, equivalente a cinco vezes
o território do Distrito Federal, utilizando um helicóptero H-60 Black Hawk,
aeronaves P-95 Bandeirante Patrulha e SC-105 Amazonas, além da aeronave de
patrulha P-3 AM. O mau tempo na região, especialmente a formação de nevoeiros,
a cheia no Rio Tapajós e a vegetação dificultaram os trabalhos.
O Primeiro Serviço Regional de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA I) do Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) já iniciou as
investigações dos fatores contribuintes para o acidente.
Fonte:
Do G1 PA
Atualizado em 23/04/2014
18h23
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