quarta-feira, 23 de abril de 2014

Justiça mantém processo do menino Bernardo em Três Passos


   Delegada Caroline Bamberg Machado continua a frente das investigações do assassinato de Bernardo

A Justiça negou, na manhã desta quarta-feira (23), o pedido da defesa do médico Leandro Boldrini para transferir à Comarca de Frederico Westphalen o processo sobre a morte do filho dele, Bernardo, de 11 anos. Segundo o juiz Marcos Luís Agostini, a conclusão da investigação e o processo da eventual ação penal referente à morte do garoto devem permanecer em Três Passos, mesmo que Bernardo tenha tido o corpo enterrado em outra cidade.

O magistrado afirmou que, de acordo com as provas colhidas até o momento, em especial as declarações da amiga da madrasta, Edelvânia Wirganovicz, a execução do crime de homicídio teve início na Comarca de Três Passos, onde o menino vivia com a família.

O juiz destacou, ainda, que Edelvânia afirmou à Polícia que a enfermeira Graciele Ugulini, madrasta do menino, já havia tentado matar a vítima mediante sufocamento, com um travesseiro, na casa de Boldrini, em Três Passos. Agostini afirmou também haver elementos suficientes nos autos acerca da prática desses delitos na cidade, além do fato de o menino ter sido dopado no município antes de ser morto e enterrado em Frederico Westphalen.

Secretaria da Segurança Pública esclarece questões dos laudos periciais do IGP

Ainda nesta quarta-feira, o secretário adjunto da Secretaria da Segurança Pública do Estado, Juarez Pinheiro, disse que o Instituto Geral de Perícias (IGP) atua no caso do menino Bernardo Boldrini dentro dos prazos técnicos necessários dos exames laboratoriais. Lembrando que as duas instituições, IGP e Polícia Civil, são separadas para assegurarem a idoneidade e isenção em suas atividades, ele entende que “não adianta produzir uma prova mal feita por causa da pressa”.

Juarez Pinheiro explicou que um problema verificado em equipamento homogenizador de tecidos, do Departamento de Perícias Laboratoriais, não prejudicou o trabalho na terça-feira, pois a PUC cedeu um aparelho semelhante.

Além das perícias laboratoriais, o secretário adjunto da SSP afirmou também que, no caso do menino Bernardo, o IGP já realizou a necropsia do corpo da vítima, coletou impressões digitais nos veículos dos suspeitos e vai verificar os dados de GPS dos mesmos, além de estar analisando até a terra onde o garoto foi enterrado.

Fonte: Vitoria Famer / Correio do Povo e Rádio Guaíba / Foto: Vinicius Araujo (Rádio Alto Uruguai)
Rádio Alto Uruguai

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