Camila, 17 anos, havia saído para ir a uma festa
com o namorado e um casal de amigos
Camila trabalhava em uma padaria para ajudar com as despesas de casa e sonhava em ser modeloFoto: Daniel Conzi / Agencia RBS
Camila saiu de casa
por volta das 23h de sexta-feira para ir a uma festa com o namorado e um casal
de amigos. Garantiu à mãe que voltaria cedo, tinha que trabalhar no dia
seguinte. Não voltou.
"Ele ainda está em
estado de choque", diz mãe do motorista
Ela era uma das ocupantes do veículo que se chocou contra um guard rail na Avenida da Saudade, próximo ao elevado de acesso ao Bairro Itacorubi, em Florianópolis, na manhã de sábado. Camila morreu às 7h20min — minutos depois, o celular que ela carregava não parou de tocar.
Do outro lado da linha, tentando contato, era Maria Inês Barbosa, mãe de Camila. Ela só largou o telefone depois das 9h, quando um primo do namorado da menina apareceu na casa da família e anunciou a morte.
— Não consegui nem ficar em pé. Ela era a minha menina, o meu braço direito — lembrou, aos prantos, Maria Inês.
Camila tinha só 17 anos. Ela e a mãe alternavam os turnos de trabalho para conseguir cuidar da irmã, que teve paralisia infantil e quase não mexe o corpo. Maria Inês trabalhava como empregada doméstica durante as manhãs e Camila atendia em uma padaria no turno da tarde.
Trabalhavam para pagar as despesas da casa e as custear as fotografias da menina, que tentava a carreira de modelo.
Ela ocupava o banco de trás do carona e foi atingida no rosto pelo guard rail, que atravessou o veículo. No carro também estavam o namorado de Camila, Diogo Porto Camargo, que teve ferimentos leves e o casal Cristian Gonçalves Mendes, condutor do veículo e que até a noite deste domingo permanecia no hospital, e Mari Tatiane Ruffer de Oliveira, 32 anos, que também morreu no acidente.
Diário Catarinense — O que a senhora soube sobre o acidente?
Maria Inês Barbosa — Eu soube o que o Diogo (namorado de Camila) contou. Ele disse que ela estava dormindo no ombro dele na hora do acidente. O Diogo percebeu que o motorista tinha perdido o controle e deu um grito, achou que tivesse cochilado na direção. Ele contou que tentou puxar a Camila para perto, foi nesta hora que machucou o braço. Ele me contou tudo isso no velório.
DC — Camila tinha só 17 anos, ela costumava sair à noite?
Maria — Ela saía, mas nunca voltava tarde. Nesta noite o Diogo contou que ela estava incomodando para voltar desde as 3h. Eu perguntei para ele, "mas por que vocês não voltaram?" e ele respondeu que o táxi até em casa custaria R$ 150. Os R$ 150 que salvariam a minha filha.
DC — Como era o relacionamento da senhora com o namorado da Camila e os amigos que foram à festa?
Maria — O Diogo estava sempre aqui em casa, eles namoravam há um ano e quatro meses. Os amigos nem eram amigos, eu nem conhecia. Sei que saíram juntos pela primeira vez uma semana antes do acidente.
DC — Qual foi a última vez que a senhora falou com a Camila?
Maria — Eu escutei o carro parar na frente de casa e nós nos despedimos. Ela estava linda, vestindo uma saia jeans e uma blusa rosa pink. Nunca imaginei que Camila não voltaria para casa.
DC — E daqui para frente, como vai ser?
Maria — Não sei... acho que acabou. Mas eu ainda busco respostas, quero justiça.
Ela era uma das ocupantes do veículo que se chocou contra um guard rail na Avenida da Saudade, próximo ao elevado de acesso ao Bairro Itacorubi, em Florianópolis, na manhã de sábado. Camila morreu às 7h20min — minutos depois, o celular que ela carregava não parou de tocar.
Do outro lado da linha, tentando contato, era Maria Inês Barbosa, mãe de Camila. Ela só largou o telefone depois das 9h, quando um primo do namorado da menina apareceu na casa da família e anunciou a morte.
— Não consegui nem ficar em pé. Ela era a minha menina, o meu braço direito — lembrou, aos prantos, Maria Inês.
Camila tinha só 17 anos. Ela e a mãe alternavam os turnos de trabalho para conseguir cuidar da irmã, que teve paralisia infantil e quase não mexe o corpo. Maria Inês trabalhava como empregada doméstica durante as manhãs e Camila atendia em uma padaria no turno da tarde.
Trabalhavam para pagar as despesas da casa e as custear as fotografias da menina, que tentava a carreira de modelo.
Ela ocupava o banco de trás do carona e foi atingida no rosto pelo guard rail, que atravessou o veículo. No carro também estavam o namorado de Camila, Diogo Porto Camargo, que teve ferimentos leves e o casal Cristian Gonçalves Mendes, condutor do veículo e que até a noite deste domingo permanecia no hospital, e Mari Tatiane Ruffer de Oliveira, 32 anos, que também morreu no acidente.
Diário Catarinense — O que a senhora soube sobre o acidente?
Maria Inês Barbosa — Eu soube o que o Diogo (namorado de Camila) contou. Ele disse que ela estava dormindo no ombro dele na hora do acidente. O Diogo percebeu que o motorista tinha perdido o controle e deu um grito, achou que tivesse cochilado na direção. Ele contou que tentou puxar a Camila para perto, foi nesta hora que machucou o braço. Ele me contou tudo isso no velório.
DC — Camila tinha só 17 anos, ela costumava sair à noite?
Maria — Ela saía, mas nunca voltava tarde. Nesta noite o Diogo contou que ela estava incomodando para voltar desde as 3h. Eu perguntei para ele, "mas por que vocês não voltaram?" e ele respondeu que o táxi até em casa custaria R$ 150. Os R$ 150 que salvariam a minha filha.
DC — Como era o relacionamento da senhora com o namorado da Camila e os amigos que foram à festa?
Maria — O Diogo estava sempre aqui em casa, eles namoravam há um ano e quatro meses. Os amigos nem eram amigos, eu nem conhecia. Sei que saíram juntos pela primeira vez uma semana antes do acidente.
DC — Qual foi a última vez que a senhora falou com a Camila?
Maria — Eu escutei o carro parar na frente de casa e nós nos despedimos. Ela estava linda, vestindo uma saia jeans e uma blusa rosa pink. Nunca imaginei que Camila não voltaria para casa.
DC — E daqui para frente, como vai ser?
Maria — Não sei... acho que acabou. Mas eu ainda busco respostas, quero justiça.
Fonte:
DIÁRIO CATARINENSE
Nenhum comentário:
Postar um comentário