Luislinda
Valois alegou fazer trabalho escravo por não receber R$ 61 mil
Luislinda Valois alegou fazer trabalho escravo
por não receber R$ 61 mil
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / CP
Após a polêmica envolvendo seu salário,
a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), afirmou nesta
segunda-feira, que é "preta, pobre e da periferia". A declaração foi
feita em discurso, ao lado do presidente Michel Temer, na cerimônia de
lançamento do Programa Emergencial de Ações Sociais para o Estado do Rio de
Janeiro e Municípios, numa unidade da Marinha do Brasil na Avenida Brasil, zona
Norte do Rio.
Segundo a
assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social, o programa
emergencial terá investimento total de R$ 157 milhões no Rio, com ações nas
áreas de justiça, educação, esporte e direitos humanos. Projetos de vários
ministérios estão envolvidos, incluindo a pasta de Luislinda. "Vamos
aumentar esses números (de beneficiários de programas sociais) para o Rio de Janeiro
e para o Brasil todo também. Sou preta, pobre e da periferia e sei o que é
viver longe dos grandes centros", afirmou Luislinda, completando que o
programa emergencial é baseado em "compromissos reais".
A
polêmica em torno do salário de Luislinda veio à tona após a Coluna do Estadão
revelar a insatisfação da ministra com o valor de seu contracheque. Conforme a
reportagem, Luislinda protocolou um pedido ao governo no qual alegava fazer
trabalho escravo por não receber R$ 61 mil, valor que seria a soma de sua
remuneração como ministra com a aposentadoria como desembargadora. Se o pleito
da ministra fosse atendido, ela receberia além do teto constitucional, que é de
R$ 33,7 mil, violando a legislação.
ESTADÃO
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Correio
do Povo
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