Ataque deixou
pelo menos 235 mortos e 109 feridos
Ataque deixou pelo menos 235 mortos e 109
feridos | Foto: AFP
O
presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, prometeu nesta sexta-feira que o
Exército e a polícia "se vingarão" pelas vítimas do pior ataque
terrorista cometido na história recente do país, que deixou pelo menos 235
mortos e 109 feridos.
As Forças Armadas e a polícia
"vão se vingar por nossos filhos para recuperar a estabilidade e vamos
responder a este ato com uma força brutal", garantiu Al Sisi, em um
discurso transmitido pela televisão oficial egípcia.
O atentado aconteceu hoje na
mesquita Al Rauda, frequentada pelos sufis - um ramo do islã - na cidade de
Bear al Abd, ao oeste de Al Arish, capital do norte do Sinai egípcio.
"O Egito enfrenta o terrorismo sozinho, em nome da região e de todo o
mundo", afirmou em árabe clássico o líder egípcio. Ele acrescentou que
"esta é uma tentativa para frear nossos esforços na luta
antiterrorista".
Além
disso, pronunciou uma frase em dialeto egípcio: "Veremos quem ajuda Deus,
porque Deus ajuda as pessoas boas e não as pessoas malvadas".
Segundo a
televisão oficial egípcia, Al Sisi ordenou o pagamento de 200.000 libras
egípcias (pouco mais de US$ 11 mil) às famílias das vítimas mortas, enquanto
50.000 libras (quase US$ 3 mil) serão destinadas às famílias dos feridos.
Fontes de segurança egípcia
explicaram à EFE que os terroristas colocaram artefatos explosivos de
fabricação caseira ao redor da mesquita Al Rauda e os detonaram na saída dos
fiéis da oração de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.
Após as explosões os terroristas
dispararam contra as pessoas que tentavam fugir da mesquita, segundo a fonte,
que acrescentou que as primeiras ambulâncias que chegaram à área também foram
atacadas.
A
presidência egípcia declarou três dias de luto nacional pelas vítimas do ataque
na mesquita, que ainda não foi reivindicado por nenhum grupo extremista.
Na província do Norte do Sinai,
onde o estado de emergência está vigente desde 2014, opera o braço egípcio do
grupo jihadista Estado Islâmico (EI), chamado Wilayat Sina, que reivindicou a
maioria dos atentados ocorridos nos últimos anos no país.
Desde o dezembro do ano passado,
o Egito vive uma série de atentados contra os cristãos coptas e o país se
encontra em estado de emergência desde abril, por conta dos atentados contra
duas igrejas coptas no delta do Nilo.
Agência Brasil
Correio do Povo
24/11/2017 | 18:09 | Atualização: 18:10
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