Iniciamos
este ano com um cenário desfavorável à educação pública brasileira. Com o corte
de 7 bilhões para educação muitas universidades foram atingidas, afetando o
cotidiano de milhares de estudantes. Nas instituições privadas já há
dificuldades de acesso ao FIES (Programa de Financiamento Estudantil) e nas
instituições públicas a retenção de verbas está causando problemas não só em
questões estruturais de ensino, mas também na permanência das/dos estudantes na
Universidade.
Isso
mostra o quanto a execução do Plano Nacional de Educação (PNE) corre riscos
graves. Pois 2020 é o prazo máximo para a aplicação dos 10% do PIB para a
educação, além dos 50% do Fundo Social do Pré-Sal também destinados a este
setor. Cabe agora ao conjunto de estudantes lutar contra qualquer tipo de
retrocesso e pela efetivação dessa nossa conquista, já aprovada em lei.
Para além
da questão orçamentária, também se percebe a instabilidade da gestão da educação.
Em menos de três meses já se anuncia um novo Ministro para o MEC. Renato Janine
Ribeiro assume o cargo, apresentando-se com um perfil universitário, e tendo
muitos desafios a enfrentar nessa nova função. Logo, é fundamental que nesta
nova gestão o ministro esteja favorável ao diálogo com os movimentos sociais
pela educação, já que várias universidades estão sofrendo com problemas muito
objetivos.
Na UFSM a
falta de professores e de estrutura física, principalmente na Assistência
Estudantil, está afetando a rotina de todos estudantes. Muitas obras precisam
ser finalizadas com urgência, e uma delas é a ampliação do Restaurante
Universitário. O atraso na entrega desta reforma está causando grandes filas na
hora do almoço, o que prejudica a rotina de estudo e trabalho de todos e
todas.
Na Casa
do Estudante e na União Universitária se percebe um crescimento na demanda por
moradia estudantil, também em função do aumento no teto para aquisição do
Benefício Socioeconômico (BSE), o qual subiu para um salário mínimo e meio
devido a uma luta histórica do movimento estudantil para garantir a permanência
de mais pessoas na universidade. É neste sentido que nós do Diretório Central
dos Estudantes (DCE) convocamos à todos e todas para estarem na luta pela garantia
dos direitos dos estudantes, pautando mais vagas nas Casas do Estudante em
todos os campi da UFSM, bem como a ampliação imediata do RU 1 e a construção de
um novo RU no campus central!
Diante
deste contexto, os professores e técnicos-administrativos já sinalizaram por
uma paralização no início do mês de abril. O DCE apoia essa iniciativa pois
acredita que todos os estudantes devem se somar nessa mobilização dos
servidores, tendo em vista que a universidade é formada por todas essas
categorias. Para além disso, convidamos todas e todos que quiserem contribuir
na luta pela educação a participarem de uma roda de debate sobre o cenário
atual, a Roda da Educação e Cultura, que acontecerá na próxima
segunda-feira, dia 6 de abril, às 17h, em frente ao Restaurante Universitário I
do Campus. Convidamos também a todos e todas que almoçam todos
os dias no RU I, para que comecem a organizar a fila do Restaurante sempre no
sentido da Avenida Roraima, entre o RU e o CAL, com o intuito de trancar a
passagem de trânsito enquanto houver gente esperando para almoçar.
Diretório
Central dos Estudantes – É Tempo de Avançar!
#TrancaRoraima
#TrancaUFSM #EducaçãoSemCortes #EducaçãoSemRetrocessos
#PorUmaUniversidadePúblicaDemocráticaEPopular
Fonte: DIRETÓRIO
CENTRAL DOS ESTUDANTES - UFSM
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