Ministro não é investigado por operação
A Polícia Federal desencadeou, nesta
quinta-feira, a segunda fase da operação Sufrágio Ostentação, que investiga um
suposto esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais. Em Brasília, a
PF prendeu Mateus Von Randon, assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo
Álvaro Antônio. Randon teve prisão temporária autorizada pela Justiça. No
estado foram presos dois ex-assessores do ministro: Roberto Soares da Silva, o
Robertinho, e Haissander Souza de Paula.
A investigação mira pelo menos quatro
candidaturas laranjas. Elas teriam recebido verbas significativas do fundo
partidário do PSL, mas conquistaram uma votação muito baixa. Parte da verba
recebida foi repassada pelas candidaturas para empresas de arte e gráfica
pertencentes a aliados do ministro. Juntas, essas candidaturas receberam R$ 267
mil do fundo partidário do PSL em Minas.
Apesar do investimento, as quatro conquistaram
apenas 2.084 votos, de acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral.
Parte desse dinheiro foi gasto na eleição para comprar material de campanha de
empresas de aliados do ministro do Turismo.
No fim de abril, a Polícia Federal desencadeou a
primeira fase operação Sugrágio Ostentação e realizou buscas de documentos e
equipamentos eletrônicos em sete endereços. Entre eles, em gráficas e na sede
do PSL em Belo Horizonte. A discrepância dos altos valores recebidos do fundo
partidário com a pouca votação obtida pelas candidatas do sexo feminino chamou
a atenção dos investigadores.
Pela lei, todos partidos são obrigados a
reservarem 30% das vagas para as mulheres. A suspeita é que, na prática, essas
candidaturas foram lançadas para desviar dinheiro do fundo partidário para as
candidaturas masculinas ou em proveito próprio.
O ministro Marcelo Álvaro Antônio não é alvo da
operação. O R7 entrou em contato com a pasta e com o partido e aguarda
posicionamento do Ministério do Turismo e do PSL.
Por R7
Correio do Povo
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