Mohamed Mursi estava preso desde 2013
O ex-presidente egípcio Mohamed Morsi morreu
nesta segunda-feira, após uma audiência no tribunal do Cairo. O ex-dirigente,
que estava preso desde julho de 2013, depôs perante o tribunal antes de
desmaiar. Ele chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu.
"Ele falou diante do juiz por 20 minutos,
então, se agitou e desmaiou. Ele foi rapidamente levado para o hospital onde
morreu", disse a fonte judicial. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan
Erdogan, aliado do ex-presidente membro da Irmandade Islâmica, imediatamente
prestou homenagem ao colega, chamando-o de "mártir".
O site do jornal estatal "Al-Ahram"
também informou a morte de Morsi, de 67 anos. Ele foi o primeiro presidente
democraticamente eleito no Egito, mas teve um curto mandato entre 2012 e 2013,
até ser destituído pelo Exército.
O líder islamita estava preso desde o golpe
sofrido no verão de 2013. Desde então, foi julgado em vários casos, incluindo
um de espionagem em favor do Irã, Catar e grupos militantes, como o Hamas, em
Gaza. Ele também foi acusado de fomentar atos de terrorismo.
Desde sua destituição em 2013, seu ex-ministro da
Defesa Abdel Fattah al-Sissi conduz uma repressão contra a oposição islâmica,
especialmente a Irmandade Muçulmana, cujo milhares de membros foram presos. Os
anos que se seguiram ao golpe do Exército no Egito registravam uma série de
ataques contra forças de segurança, com centenas de policiais e militares
mortos e uma insurgência jihadista principalmente no norte do Sinai.
Por AFP
Correio do Povo
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