terça-feira, 25 de junho de 2019

Bolsonaro diz que vetará possibilidade de Congresso definir nomes para agências

Questão faz parte de um projeto de lei sobre o setor que deverá ser sancionado até esta terça

Bolsonaro disse que as agências reguladoras têm poder muito grande e que a prerrogativa do presidente indicar seus chefes é
Bolsonaro disse que as agências reguladoras têm poder muito grande e que a prerrogativa do presidente indicar seus chefes é "muito importante" 

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta segunda-feira, 24, que irá vetar o trecho de projeto que trata da possibilidade de o Congresso elaborar uma lista tríplice de nomes a serem indicados para os comandos das agências reguladoras. A questão faz parte de um projeto de lei sobre o setor que deverá ser sancionado até esta terça-feira, 25.

"A decisão até o momento para indicar o presidente das agências é minha. A partir desse projeto, (haverá) uma lista tríplice feita por eles. Então essa parte será vetada de hoje para amanhã, tá ok?", afirmou o presidente.

Bolsonaro disse que as agências reguladoras têm poder muito grande e que a prerrogativa do presidente indicar seus chefes é "muito importante". "Porque nós teremos um poder de influência, algum poder de influência nessas agências", disse.

No fim de semana, Bolsonaro afirmou que a proposta o transformava em uma "rainha da Inglaterra", mas aliados hoje minimizaram a questão. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que a proposta "não é ruim" porque cria critérios de seleção. Mas ela afirmou que, se a questão for mesmo vetada, vai trabalhar para manter o veto.

O projeto exige que os novos diretores de cada órgão sejam escolhidos a partir de uma lista tríplice e proíbe a indicação de políticos e parentes de políticos. A seleção dos nomes que integrarão a lista, de acordo com o texto, será feita a partir de uma comissão específica, que deverá ter sua composição e sua forma de atuar regulamentadas pelo Executivo. Além disso, o projeto determina que as agências tenham programas de integridade (compliance) para combate à corrupção.


Por AE
Correio do Povo

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