Matéria deve ser distribuída para relatoria na
próxima terça-feira
Deputado foi alvo da Operação Gol Contra do
Ministério Público | Foto: Paulo Nunes / CP Memória
A
Comissão de Ética da Assembleia Legislativa aprovou na tarde desta
quarta-feira, por unanimidade, o pedido de cassação de mandato do deputado
Mario Jardel (PSD) por quebra de decoro parlamentar. O relatório favorável
à cassação foi produzido pelo deputado Sérgio Turra (PP).
O Projeto
de Resolução pedindo à cassação do deputado será remetido para a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), para posterior envio ao plenário. A previsão é
que a votação seja realizada antes do encerramento do ano legislativo.
Na
representação, o Corregedor da Assembleia, Marlon Santos (PDT), orientou para a
apuração da nomeação de servidores no gabinete e na bancada do Partido Social
Democrático (PSD) para obter benefício pessoal para si e seus familiares, às
custas do Erário Público; envio de assessor em viagem a Fortaleza às custas da
Assembleia Legislativa para, na condição de advogado, representá-lo em processo
judicial de natureza privada; envolvimento e ligação íntima e direta do
deputado com familiar de assessora, associação, colaboração e financiamento ao
tráfico de drogas, constituindo a quebra do princípio da boa-fé em toda a sua
magnitude, em ofensa ao disposto em artigos do Código de Ética Parlamentar.
Participaram
da reunião os deputados Juliano Roso (PCdoB), Sérgio Turra (PP), Gerson Borba
(PP), Marlon Santos (PDT), Enio Bacci (PDT), Jeferson Fernandes (PT), Miki
Breier (PSB), Zé Nunes (PT), Luis Augusto Lara (PTB), Gilberto Capoani (PMDB),
Tiago Simon (PMDB), e Jorge Pozzobom (PSDB).
Na
terça-feira, a Assembleia revelou que encaminhou, através da procuradoria da
Casa, um pedido para que Jardel tenha declarada a aposentadoria por
invalidez, junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
A perícia médica no Instituto foi agendada para janeiro.
O
deputado foi alvo da Operação Gol Contra do Ministério Público em novembro do
ano passado. A investigação apontou que o deputado chefiava uma quadrilha
dentro do gabinete com o objetivo de se apropriar de diárias, manter
funcionários fantasmas e exigir repasse de parte dos salários dos assessores.
Fonte:
Correio do Povo
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