Atriz sofreu um ataque cardíaco na última sexta
Ela interpretou a Princesa Leia na saga
galática | Foto: Ethan Miller / AFP / CP
Carrie
Fisher, estrela de “Star Wars”, morreu nesta terça-feira, aos 60 anos. A atriz
sofreu um ataque cardíaco na última sexta-feira dentro de um avião e estava
internada lutando pela vida desde então.
“É com
muita tristeza que Billie Lourd confirma que sua amada mãe Carrie Fisher morreu
às 8h55min (14h55min de Brasília)”, diz o comunicado do porta-voz oficial da
família, Simon Halls, divulgado pela revista People. "O mundo a amou e
sentirá profunda saudade. Nossa família agradece os pensamentos e
orações", acrescenta a nota.
Filha do cantor e apresentador Eddie Fisher e da
atriz, cantora e dançarina Debbie Reynolds, Carrie Frances Fisher nasceu em
Beverly Hills, na Califórnia, em 21 de outubro de 1956. Ela estreou no show
business em 1973, no espetáculo musical da Broadway "Irene",
estrelado por sua mãe.
No
cinema, seu primeiro papel foi em "Shampoo", de Hal Ashby, em 1975,
quando participou de duas cenas. Mas foi dois anos depois que ela ganhou fama
mundial, ao interpretar a Princesa Leia em "Star Wars", de George
Lucas. Carrie voltou ao papel nas duas sequências da trilogia clássica, "O
império contra-ataca" (1980) e "O retorno de Jedi" (1983) e no
episódio VII, "O Despertar da Força" (2015). Ela também deve aparecer
no Episódio VIII da saga, que atualmente está em fase de pós-produção e tem
estreia prevista no Brasil para 15 de dezembro de 2017.
"Eu
gostei de ser a princesa Leia. Ou do fato de a princesa Leia ser eu",
escreveu no seu livro de memórias sobre a personagem pela qual sempre será
lembrada. "Ao longo do tempo, passei a imaginar que nós duas viramos uma
só", continuou. Na obra, ela também revelou que teve um caso com Harrison
Ford durante as filmagens de "Star Wars".
Na TV,
Carrie foi duas vezes indicada ao Emmy: uma vez pela adaptação de um de seus
livros ("Wishful Drinking", transformado em monólogo) e outra pela
atuação na série "30 Rock", onde apareceu como atriz convidada. Fora
das telas, ela também era escritora. Estreou na literatura em 1987, com a
publicação do romance "Postcards from the edge", cuja adaptação para
o cinema - "Lembraças de Hollywood", no título brasileiro - foi
estrelada por Meryl Streep e Shirley McLane e escrita pela própria
autora. O filme rendeu a ela uma indicação ao Writers Guild Award.
Depois,
como romancista, a artista ainda lançou outros quatro
livros: "Surrender the pink" (1990), "Dellusions of
grandma" (1993), "Hollywood moms" (2001) e "The best awful
there is" (2004), todos inéditos no Brasil. Carrie também escreveu duas
peças e três obras de não-ficção. Entre elas está "Memória da Princesa: Os
diários Carrie Fisher", que ela divulgava em Londres na última semana,
antes de pegar o voo para Los Angeles no qual sofreu o ataque cardíaco.
Na vida
pessoal, Carrie nunca escondeu que era portadora de transtorno bipolar e que
chegou a usar cocaína e outros remédios para mascarar os sintomas. No início
dos anos 80, também enfrentou uma depressão e teve problemas com álcool. Na
época, teve um casamento relâmpago com o cantor e compositor Paul Simon, com
quem ficou menos de um ano. Em 1985, ela teve uma overdose de remédios e foi
internada, experiência que rendeu o romance "Postcards from the
Edge".
Carrie
Fisher deixa a filha, a atriz Billie Lourd, de 24 anos, fruto de um
relacionamento com o empresário Bryan Lourd, a mãe, o irmão Todd Fisher e
também as meias-irmãs Joely Fisher e Tricia Leigh Fisher. Deixa também seu inseparável
buldogue francês Gary, que tem até perfil no Twitter.
Fonte:
Correio do Povo
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