Créditos: Divulgação
O
senador Lasier Martins encaminhou na última quarta-feira (21), a desfiliação do
Partido Democrático Trabalhista (PDT). O político estava sendo ameaçado de ser
expulso do partido em março por ter votado a favor do impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff e da PEC 55, que estabelece um limite para os
gastos públicos.
Durante o programa Repórter do
Povo de ontem. quinta-feira (22), disse que a sua saída está associada à
“ditadura” do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e ao atraso da legenda.
O senador destacou que um dos grandes erros de Leonel Brizola, fundador do PDT,
foi ter filiado Carlos Lupi e o colocado na direção do partido.
Disse que Lupi é despreparado
para presidir um partido com a tradição e a história do PDT, principalmente no
Rio Grande do Sul que é o berço do trabalhismo. Destacou que ele toma decisões
sem a consulta dos correligionários. Um exemplo disso foi o convite feito ao o
prefeito de Canoas, Jairo Jorge, para integrar e representar a legenda na
próxima eleição ao governo do RS.
Lasier contou que a sigla tinha
outros nomes para a indicação, como o deputado estadual Eduardo Loureiro, e até
mesmo o seu, mesmo que não tenha interesse pela indica.De seis senadores
eleitos, três senadores já saíram do partido por discordância da orientação do
presidente nacional. Lasier prevê que só reste um. O senador explicou que
Carlos Lupi não é deposto do cargo porque domina o partido do Rio de Janeiro
para cima.
Segundo ele, Lupi mantém o PDT
nas mãos impedindo a criação de diretórios estaduais e renovando a cada dois
anos as comissões provisórias nomeadas por ele. Sobre o partido, afirma que ele
foi desvirtuado. Por várias vezes propôs a revisão da doutrina do partido, mas
não foi ouvido. Relatou que na convenção, realizada em junho do ano passado,
defendeu a saída do PDT do governo Dilma, por acreditar que era um governo
fracassado que estava levando o Brasil ao buraco, e foi vaiado.
Lasier Martins destacou que o
PDT é um partido velho que não se renova diante das novas tecnologias. Um
partido que não atende mais as necessidades trabalhistas que, pelo contrário,
conspira contra elas.
Lasier afirmou que sempre foi e
pretende continuar independente, por isso quer um partido que não seja uma
camisa de força. O senador quer ter a liberdade para discutir melhorias para o
país. Destacou que é contra a tradição dos governos brasileiros na qual quem
perde busca fazer de tudo para impedir que o outro prospere. Lasier deve
escolher um partido até o final de janeiro.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
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