Espaço, com 84 vagas, está pronto desde julho do ano passado, mas
permanecia fechado
Juiz determinou abertura de presídio feminino
de Lajeado em 72 horas
Foto: Neiva Motta / Susepe / Divulgação
Depois
de polêmicas envolvendo uma decisão judicial e a entrega dos cargos de
diretoras, o Presídio Feminino Estadual de Lajeado, no Vale do Taquari, começou
a funcionar nesta segunda-feira. O espaço, com 84 vagas, está pronto desde
julho do ano passado, mas permanecia fechado devido à necessidade de
adequações. O presídio foi construído pela comunidade e pela Prefeitura, sem
participação do Estado com verba pública.
Na
terça-feira passada, decisão judicial determinou a abertura da casa
prisional, que recebeu as primeiras sete detentas hoje. Elas foram condenadas
em Lajeado, mas haviam sido transferidas para outros presídios porque não havia
espaço em Lajeado.
Ainda
na semana anterior, outras duas polêmicas cercaram a abertura: a substituição do delegado penitenciário regional,
supostamente responsável por barrar a abertura do presídio, e a entrega do
cargo por parte das três diretoras designadas para serem responsáveis pelo
local. O presídio, hoje, já conta com uma diretora interina, Carla Andreia
Antunes de Oliveira, e uma chefe de segurança definitiva, Andreia Estivalet.
Outros 10 agentes penitenciários foram designados a atuar na casa prisional.
Entenda
a polêmica
Na terça-feira,
o juiz Luís Antônio Johnson determinou a abertura do presídio em até 72h, prazo
que fechou na última sexta. No entanto, a abertura na segunda-feira foi
considerada aceitável, porque a casa prisional, que está pronta desde julho,
nunca abriu. A decisão judicial desencadeou uma série de polêmicas, como a
troca do delegado regional e a entrega dos cargos da diretoria.
Na
quinta-feira passada, o agente penitenciário Elton Ribeiro assumiu a função de
delegado penitenciário da 8ª Delegacia Regional no lugar de Eugênio Eliseu
Ferreira, supostamente responsável por barrar a abertura da casa prisional.
Ferreira vai ser transferido para outro cargo.
A
Associação Lajeadense Pró-Segurança comprou os equipamentos ainda pendentes
para o início do funcionamento – 12 extintores de incêndio e gás. A
penitenciária, que conta com direção nomeada desde a inauguração, teve custo de
quase R$ 900 mil, sendo que cerca de 70% dos recursos foram viabilizados
através de penas alternativas aplicadas pelo Judiciário, além da arrecadação
comunitária com eventos promovidos no município do Vale do Taquari.
Fonte: Bibiana Dihl | Rádio Guaíba
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